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OBRAS DO
PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO SÃO
FRANCISCO DEVEM COMEÇAR EM MAIO,
DIZ COORDENADOR
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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03/02/2005 - O cronograma
do projeto de Integração do Rio São
Francisco não deverá ser modificado
e o Ministério da Integração
Nacional espera começar as obras no início
de maio, o que depende apenas do licenciamento ambiental
fornecido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A informação é do coordenador
do Projeto do Rio São Francisco, Pedro Brito,
depois do cancelamento de quatro das oito audiências
públicas marcadas pelo Ibama para formular
o processo de licença ambiental do empreendimento,
devido às manifestações contra
o projeto.
Os protestos aconteceram na Bahia, em Minas Gerais,
em Sergipe e Alagoas. Ontem, o Ibama cancelou a
última, que aconteceria em Maceió
(AL). "Se há uma instituição
nesse país que quer realizar o debate é
o Ibama", afirmou o diretor de licenciamento
ambiental do Ibama, Nilvo Silva. Ele explicou que
o papel do órgão é fazer uma
"análise crítica do projeto",
que é do Ministério da Integração
Nacional.
Do ponto de vista legal basta uma audiência
bem sucedida para que se inicie o processo de licença
ambiental. O coordenador do projeto disse que "os
estados já tiveram tempo mais do que suficiente
para preparar suas análises, nós não
temos que esperar todos encaminharem". O Ibama
pode não acatar o relatório enviado
pelos estados, mas tem que fazer a análise.
A audiência é uma forma de a população
discutir os impactos do projeto na comunidade. Cerca
de 12 milhões de pessoas que vivem no Polígono
da Seca deverão receber água até
2007. Para isso, o governo reservou R$ 600 milhões
no orçamento deste ano. No Plano Plurianual
de 2006 e 2007 já consta a previsão
de recursos para concluir a obra.
A melhoria nas condições de vida do
semi-árido, conta ainda, entre outros projetos,
com a construção, até 2014,
de mais de 412 mil cisternas que deverá beneficiar
2,06 milhões de pessoas, em cerca de 270
municípios da região e do Projeto
Mandala, que faz parte do programa de Agricultura
Familiar do governo federal. Mandala é um
reservatório central de água com nove
círculos em sua volta, onde podem ser cultivados
até 56 tipos de plantas. "Esses projetos
são independentes, mas não concorrentes,
vão complementar o projeto de integração",
ressaltou Brito.
Fonte: Agência Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Graziela Sant’anna