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SERGIPE TERÁ AUDIÊNCIA
SOBRE INTEGRAÇÃO DO SÃO
FRANCISCO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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Evento
é oportunidade para a população
de Sergipe conhecer e manifestar-se sobre o projeto
e o licenciamento ambiental da obra
Nesta-segunda-feira,
às 18h30, no Auditório da Unidade
Sede do Cefet/SE, em Aracaju, a sociedade civil
de Sergipe terá oportunidade de discutir
o projeto de integração da bacia do
Rio São Francisco na sétima audiência
pública promovida pelo Ibama. As audiências
servem para a autarquia colher informações
para analisar o licenciamento ambiental, exigir
estudos complementares, deferir ou não o
processo.
Nas audiências públicas, procuradores,
políticos, militantes de organizações
não-governamentais, professores universitários,
especialistas, empresários e leigos podem
manifestar opinião, questionar o projeto,
encaminhar documentos e apontar eventuais problemas
sócio-ambientais das obras em licenciamento.
Todas as manifestações são
registras em vídeo e ata.
Além das audiências públicas,
o Ibama considerará também em suas
análises os pareceres das 84 prefeituras
envolvidas no projeto de integração,
da Funai e do Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (IPHAN), por causa das
terras indígenas e dos sítios arqueológicos
existentes na região do projeto. O Ibama
também fará vistoria técnica
nas áreas de integração
Audiências realizadas - Em Fortaleza, Natal,
Sousa (PB), Salgueiro (PE), as quatro primeiras
audiências, houve a participação
de cerca de 1.500 pessoas, em encontros que duraram
em média mais de 5 horas. Aproximadamente,
150 perguntas e manifestações foram
respondidas e registradas para análise do
licenciamento.
As audiências de Belo Horizonte e Salvador
foram encerradas sem que a população
pudesse discutir o projeto e seu licenciamento.
Diante do constrangimento ao exercício do
debate, do tumulto no plenário e dos riscos
de segurança física de todos participantes,
a mesa encerrou a audiência. A validade dessas
duas audiências será avaliada pela
Procuradoria Jurídica do Ibama.
Em nota, o Ibama lamentou o encerramento salientando
que “a discussão permitiria a sociedade ampliar
o conhecimento sobre a proposta do Ministério
da Integração Nacional, formar juízo
crítico e se posicionar sobre o projeto”
e que é um “contra-senso o constrangimento
do debate e da participação social,
garantida por lei, onde pode desenvolver-se plenamente
a discussão técnica sobre o empreendimento”.
Além de previstas em lei, a realização
das audiências foi avalizada pelo presidente
do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, que cassou
liminar contra a reunião de Belo Horizonte,
impetrada pelo Ministério Público
e pelo governo de Minas Gerais.
“O meio ambiente, bem que se pretende preservar
na ação civil pública, não
parece sofrer ameaça, diante da simples realização
de audiência pública marcada exatamente
para discussão do Relatório do Impacto
Ambiental- Rima relativo ao projeto de Integração
do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas
do Nordeste Setentrional.” reconheceu o presidente
do Supremo em sua decisão.
Regulamento - A audiência, constituída
por mesa diretora e plenário, segue rito
previsto em regulamento. Os participantes devem
se identificar em livro de presença e se
inscrever em formulário próprio para
as manifestações orais ou por escrito.
Cada bloco de dez questionamentos por escrito é
intercalado por dez manifestações
orais.
A intervenção de participantes ou
de representantes do projeto tem duração
máxima de três minutos, prorrogáveis
a critério do presidente da mesa. O participante
interessado dispõe de mais três minutos
para pedir esclarecimentos adicionais, mesmo tempo
concedido a quem couber a resposta.
Todos os documentos apresentados à mesa diretora
são protocolados e juntados ao processo administrativo
do licenciamento. O empreendedor tem 30 minutos
para defender o projeto e a equipe responsável
pelo EIA/Rima, 45 minutos para apresentar o relatório.
Além dos debates gravados e registrados em
ata, o Ibama receberá comentários,
manifestações e sugestões para
anexar ao processo até dez dias após
a realização da audiência.
Os trabalhos são presididos pelo gerente-executivo
do Ibama no estado. O debate obedece à ordem
das inscrições, que podem ser feitas
desde a abertura dos trabalhos até 15 minutos
após a apresentação do EIA/Rima.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom