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AMAZÔNIA GANHA CINCO
MILGÕES DE HECATRES EM NOVAS ÁREAS
PROTEGIDAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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17/02/2005
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
e o porta-voz da Presidência da República,
André Singer, anunciaram há
pouco a criação de cinco novas
unidades de conservação na Amazônia,
somando mais de cinco milhões de hectares,
área semelhante a do estado do Rio
Grande do Norte. Marina Silva também
informou sobre o envio do Projeto de Lei sobre
Gestão de Florestas Públicas
ao Congresso Nacional, em regime de urgência.
Outra medida anunciada foi a restrição,
por seis meses, de novas atividades que possam
trazer danos ao meio ambiente nos mais de
oito milhões de hectares da área
de influência da rodovia BR-163. Com
decretos da Presidência da República,
foram criadas a Estação Ecológica
da Terra do Meio, com 3.373.111 hectares,
e o Parque Nacional da Serra do Pardo, no
Pará, com 445.392 hectares, a Reserva
Extrativista do Riozinho da Liberdade, no
Acre e no Amazonas, com 325.602 hectares,
e as florestas nacionais de Balata-Tufari,
no Amazonas, com 802.023 hectares, e de Anauá,
em Roraima, com 259.550 hectares. Confira
os mapas abaixo. |
MMA
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A
Estação Ecológica da
Terra do Meio é a segunda maior unidade
de conservação do país,
logo atrás do Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque, no Amapá, com 3,8 milhões
de hectares, área equivalente ao território
da Bélgica. Os estudos para criação
das reservas no Pará aconteceram em
conjunto com o governo estadual, e são
coerentes ao zoneamento ecológico-econômico
daquele estado. Nos próximos dias,
serão criadas outras duas reservas
extrativistas no Pará, próximas
aos rios Xingu e Iriri, somando aproximadamente
500 mil hectares. |
A criação
destas áreas integra as metas do Plano Amazônia
Sustentável (PAS), do Plano de Ação
para a Prevenção e Controle do Desmatamento
na Amazônia Legal e do Programa Nacional de
Florestas do Ministério do Meio Ambiente.
As regiões destinadas à implementação
dessas novas unidades de conservação
foram definidas como prioritárias para preservação
pelo Projeto de Conservação e Utilização
Sustentável da Diversidade Biológica
Brasileira (Probio).
Concessão de Florestas
O Brasil possui a maior reserva
de florestas tropicais e subtropicais do planeta,
abrigando uma infinidade de animais, plantas e
recursos genéticos, além de imensa
quantidade de madeiras. Mais da metade dessas
florestas está em terras públicas,
pertencentes à União, estados e
municípios (na Amazônia, chegam a
75%). Parte desses estoques está em unidades
de conservação e terras indígenas,
mas a maioria se constitui de "terras devolutas",
sem regulamentação, tornando-se
alvo de grilagem, ocupação ilegal,
desmatamento e queimadas, trazendo sérios
problemas ambientais, sociais e econômicos.
Para enfrentar e começar a mudar essa realidade
e promover o manejo adequado de florestas, o Governo
Federal está enviando em regime de urgência
ao Congresso o Projeto de Lei sobre Gestão
de Florestas Públicas, que regulamenta
o uso de matas para produção sustentável
em terras públicas, cria o Serviço
Florestal Brasileiro e o Fundo Nacional de Desenvolvimento
Florestal, voltado para o desenvolvimento tecnológico,
promoção da assistência técnica
e incentivo ao desenvolvimento florestal sustentável.
O PL é fruto de amplo debate, foi aprovado
por governos, setores produtivos e sociedade civil
de todo o país, e também pela Conaflor
(Comissão Coordenadora do Programa Nacional
de Florestas). A regulamentação
da gestão de florestas públicas
permitirá ao Ministério do Meio
Ambiente, em parceria com os ministérios
da Integração, do Desenvolvimento
Agrário e da Indústria, Desenvolvimento
e Comércio Exterior, fortalecer o trabalho
de planejar e de fomentar a produção
local e o crescimento da indústria florestal
sustentável em todo o Brasil.
As medidas anunciadas hoje pelo governo brasileiro
vêm contribuir ainda mais para o combate
ao avanço do desmatamento ilegal e promovem
um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia,
trazendo proteção da biodiversidade,
dos ecossistemas e das águas, fortalecimento
das comunidades locais com base em atividades
sustentáveis, melhoria da qualidade de
vida de todas as populaçãos, geração
de empregos com trabalho baseado no bom manejo
de produtos florestais e não-florestais,
aumento de receitas públicas, e atração
de novos empreendimentos e empregos com atividades
ligadas à conservação da
floresta, como pesquisa, turismo e educação
ambiental.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom
Foto: MMA
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