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COEMA DIVULGA NOTA DE PESAR PELO
ASSASSINATO DA MISSIONÁRIA DOROTHY STANG

Panorama Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Fevereiro de 2005

12/02/2005 Durante reunião ordinária, realizada na manhã desta segunda-feira (14) na Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), representantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) repudiaram o assassinato da irmã Dorothy Stang, ocorrido no último sábado (12), a 47 quilômetros ao sul da sede do município de Anapu, na região da Transamazônica.
Depois que o secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Gabriel Guerreiro, abriu a reunião, vários conselheiros pediram a palavra para manifestar repúdio ao assassinato da missionária americana.
A reunião ordinária do conselho tratou da apreciação e votação do parecer da Câmara Técnica de Assuntos Pesqueiros sobre a minuta que cria o Sítio Pesqueiro Estadual Turístico Volta Grande Xingu e a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto de exploração de bauxita no município de Juruti, que será executado pela Omnia Minérios Ltda, empresa do Grupo Alcoa.
O representante do Ministério Público no Coema, Raimundo Moraes, pediu que o conselho se posicionasse a favor das bandeiras da irmã Dorothy e publicasse uma nota de pesar na imprensa. Para ele, cada vez mais "temos que superar a busca das soluções dos conflitos de terras no Pará".
Na ocasião, o deputado Cipriano Sabino, representante da Assembléia Legislativa (AL), fez a mesma proposição de Raimundo Moraes, acrescentando que toda a região Norte do Brasil está preocupada com a questão fundiária. "Esse é um assunto que nos incomoda. Mais uma vez, o Pará fica em evidência negativamente", disse ele.
Gabriel Guerreiro, que preside o Coema, ressaltou que ele mesmo possui "cicatrizes resultantes desse processo". "Já perdi amigos por causa dessa violência. O Estado brasileiro não toma providências que atuem nas raízes do problema fundiário. Ele só toma providências paliativas. A morte da irmã Dorothy é lamentável".
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Danilo Remor, que também é conselheiro do Coema, o assassinato da missionária é lastimável. "O assunto é gravíssimo. É lamentável que isso ainda ocorra. O Pará está na mídia internacional por causa dessa morte. Há mais de 30 anos, o setor produtivo vem falando da necessidade de um ordenamento fundiário. O ordenamento é urgente e passa também pelo Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE)".
O representante da Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa) no conselho, Rubem Brito, endossou as palavras do presidente da Fiepa, acrescentando que "esse mal estava sendo cantado há muito tempo. Na mídia, o estado do Pará está aparecendo como um lugar onde não reina a ordem".
Na avaliação do presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Estado do Pará (Fetipa), José Jacy Ribeiro Aires, também conselheiro do Coema, "a federação tem denunciado a violência no campo. Já é hora de acabar com essas brutalidades".

Leia, a seguir, a íntegra da notado Coema:

NOTA DE PESAR

O Conselho Estadual de Meio Ambiente - COEMA, órgão colegiado, deliberativo e consultivo da política estadual de meio ambiente, por deliberação unânime em reunião realizada nesta data, vem manifestar seu pesar e consternação pelo trágico acontecimento ocorrido na manhã do dia 12/02/05, no município de Anapu/PA, que ceifou a vida da irmã Dorothy Stang, assassinada violentamente por pistoleiros.

O COEMA vem se posicionar vigorosamente contra a utilização da violência como solução de conflitos e se associar à comunidade enlutada, pois as bandeiras defendidas pela irmã Dorothy devem ser realizadas pelo Poder Público e pela sociedade paraense na busca de um ideal de justiça e solidariedade.

Belém, 14 de fevereiro de 2005

MANOEL GABRIEL SIQUEIRA GUERREIRO
Presidente do COEMA

Fonte: Governo do Estado do Pará (www.governodopara.pa.gov.br)
Assessoria de imprensa (CCS – Rejane Gomes)

 
 
 
 

 

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