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FÓRUM TAMBÉM DEVE DISCUTIR DESENVOLVIMENTO DO PAÍS, DIZ MARINA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005

16/02/2005 A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu hoje que o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas também seja um espaço para se discutir o desenvolvimento do país em uma conjuntura global que aponta para uma "crise civilizatória". Segundo ela, é preciso popularizar o espaço para que este ganhe mais sustentabilidade política e possa contar com a contribuição dos saberes tradicionais, que, ao longo de muitos anos souberam se adaptar às mudanças climáticas.

Hermínio Oliveira/ABR

Durante a reunião do Fórum, no Palácio do Planalto, Marina Silva comparou as responsabilidades do Brasil em relação à situação agrária no Pará àquelas que o país tem com o Protocolo de Quioto. Para ela, o Brasil precisa encontrar na região um caminho para compatibilizar desenvolvimento com sustentabilidade. "O Protocolo tem esse sentido mais amplo", disse. Para a ministra, o Protocolo entra em vigor num contexto de "tensão muito grande, após o assassinato da missionária Dorothy Stang. É uma atitude bárbara na ocupação da Amazônia devido a mais de um século de ausência do estado na região".
O tratado internacional que prevê a redução das emissões de gases causadores da elevação da temperatura do planeta entrou em vigor nesta quarta-feira. A partir de hoje, os países industrializados devem reduzir suas emissões em 5,2% em relação aos níveis de 11000. "Em nenhum momento devemos reconhecer que responsabilidades diferenciadas sejam ausência de responsabilidades", disse a ministra, referindo-se ao fato de que os países em desenvolvimento, como o Brasil, não têm a obrigação inicial de diminuir suas emissões. "O Brasil não tem metas obrigatórias para reduzir suas emissões, mas tem obrigações sim frente à humanidade".
O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que também participou da reunião do Fórum, afirmou que o combate ao desmatamento na Amazônia é uma das prioridades nas ações do governo federal. Além disso, três iniciativas para diminuir a emissão de gases de efeito estufa foram destacadas pelo ministro: a retomada do Proálcool; o lançamento do programa para produção de biodiesel; e o programa para incentivo de produção de energia alternativa, como as fontes eólicas, por exemplo. Segundo Dirceu, entre 1975 e 2000 o Brasil economizou US$ 11 bilhões não importando gasolina, devido à produção de seis milhões de veículos movidos a álcool.
Para o pesquisador e coordenador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Nobre, mesmo que a humanidade tenha sucesso na redução dos níveis de emissão de gases que causam a elevação da temperatura global, as mudanças climáticas serão inevitáveis "por um ou dois séculos". "Será necessária uma grande adaptação em muitos setores, e o Brasil precisa estar preparado para isso", avisou. Nobre é também coordenador científico do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).
Também participaram da reunião o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli rosa, o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
* com informações da Agência Brasil

Fonte: MMA – Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom
Foto: Hermínio Oliveira/ABR

 
 
 
 

 

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