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GOVERNO
FEDERAL ENVIA TROPAS DO EXÉRCITO
APÓS SEQUÊNCIA DE MORTES NO
PARÁ
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Fevereiro de 2005
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José
de Alencar envia tropas do Exército para
Altamira, Anapu e Parauapebas; Dirceu afirma que
não recuará de ações
de regularização fundiária
e ambiental’
16/02/2005 - O Governo
Federal anunciou o envio de tropas do Exército
para as regiões de conflito agrário
no Pará. São cerca de 2 mil homens
do Comando Militar da Amazônia que estão
se deslocando para as cidades de Anapu, Altamira
e Parauapebas. As tropas auxiliarão nas buscas
e irão colaborar com a Polícia Civil
e Federal nas investigações da série
de assassinatos que ocorreram na região nos
últimos dias.
Durante reunião do Fórum Brasileiro
de Mudanças Climáticas realizada hoje,
o ministro-chefe da Casa Civil sinalizou que o Governo
está atento e reagindo aos problemas na região.
Segundo a Radiobrás, Dirceu afirmou que o
governo não irá recuar das ações
de regularização fundiária
e ambiental no Pará e que o combate ao desmatamento
na Amazônia é uma prioridade.
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz
Bastos, comandou uma reunião ontem com os
comandantes das Forças Armadas, o chefe da
Polícia Federal, o secretário de segurança
do Pará e a cúpula da polícia
civil do estado. O Governo tenta diminuir a tensão
nas zonas de conflito aumentando a presença
policial - e militar - na região.
Federalização
Na semana que vem,
o procurador-geral da República, Claudio
Fontelles decidirá se pede a federalização
da morte da irmã Dorothy. Para tomar a decisão,
o procurador terá que analisar se houve omissão
do governo estadual na resolução do
conflitos agrários na região. Caso
o crime seja federalizado, a investigação
passará a ser de responsabilidade exclusiva
da Polícia federal e será julgado
pela Justiça Federal.
Série de mortes
Uma seqüência
de mortes ocorreu na região nos últimos
cinco dias. Após o assassinato da missionária
Dorothy Stang no sábado, dia 12, seguiu-se
o do trabalhador rural Adalberto Xavier Leal no
domingo. Onte, dia 15 de janeiro, foram vitimados
o assentado Cláudio Matogrosso, em Anapu,
e o sindicalista Daniel Costa Filho, em Parauapebas.
Segundo dados divulgados pela Comissão Pastoral
da Terra - CPT, cerca de 160 pessoas foram ameaçadas
de morte devido a conflitos agrários no país
em 2004. No estado do Pará, os ameaçados
seriam 40, entre eles, estava incluída a
irmã Dorothy.
Com informações da Radiobras
Fonte: Amazonia.org.br (www.amazonia.org.br)
Assessoria de imprensa (Maurício Araújo)