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ÍNDIOS QUEREM TECNOLOGIA PARA DIVERSIFICAR DIETA NAS ALDEIAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005

17/02/2005 Agentes agroflorestais indígenas de várias etnias visitaram a Embrapa Acre (Rio Branco/AC), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para conhecer algumas tecnologias que podem ser implementadas nas aldeias com o objetivo de diversificar e melhorar a dieta alimentar de suas comunidades. Técnicas de cultivo e variedades de mandioca, açaí, pupunha e banana pautaram o encontro que reuniu realidades distintas de pesquisadores e povos da floresta.
Para Aldemir Mateus, da aldeia kashinawa do rio Breu, em Marechal Taumaturgo, o intercâmbio de experiências entre índios e não-índios tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida nas aldeias. “Hoje, os quintais estão mais cheios de frutas como manga, coco, abacate, laranja, tangerina. Conhecer as técnicas de cultivo e os cuidados necessários com a plantação são importantes para melhorar o roçado e garantir a alimentação na aldeia”, afirmou.
Mateus participa pela terceira vez de um processo de treinamento e capacitação anual de agentes agroflorestais que começou há dez anos por iniciativa de lideranças indígenas e a organização não-governamental Comissão Pró-Índio (CPI). Nestes encontros, o grupo escolhido tem acesso a vários conteúdos relativos a sistemas agroflorestais, hortas orgânicas, produção de sementes e frutos e, mais recentemente, criação e manejo de animais silvestres como quelônios e abelhas. “Com o intercâmbio e o apoio de algumas entidades como a Seater já conseguimos formar 111 agentes de 22 terras indígenas em todo o Estado”, disse Adriano Dias, assessor de Meio Ambiente da CPI.
Na Embrapa, os agentes conheceram as novas mandiocas, manteguinha e macuxi, que serão lançadas no final do ano. Entre as principais características destas variedades estão: baixo teor de fibra, maciez, ciclo precoce (colheita aos 8 meses), resistência a podridão radicular e cozimento rápido. De acordo com o pesquisador Amauri Siviero, elas foram selecionadas ao longo de 15 anos entre mais de uma centena de materiais coletados em toda a amazônia.
No experimento de açaí, os índios viram uma variedade de touceira oriunda do Pará e que está sendo testada no Acre para produção na entressafra (abril/outubro). As touceiras produzem cachos com até 4 quilos de frutos e a primeira safra acontece no quinto ano de plantio, diferentemente do açaí solteiro e nativo, que leva até 8 anos para começar a produzir.
Para o pesquisador Celso Bergo, o consórcio de açaí com puerária mostrou-se uma boa estratégia. A puerária é uma forrageira que cobre o solo protegendo-o contra a lixiviação, controla a incidência de plantas daninhas e fixa nitrogênio, contribuindo para aumentar a fertilidade da terra. “As plantas com puerária mostram-se mais vigoras, mas o produtor precisa ficar atento a limpeza da área em torno da touceira, caso contrário, a puerária toma conta”, acrescentou.
Ao final do encontro, além de cartilhas e outras publicações, os índios também levaram para suas aldeias amostras de sementes de açaí e manivas de mandioca. Um grupo de técnicos da CPI e da Seater acompanhará o desenvolvimento destes cultivos nas comunidades indígenas.

Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Soraya Pereira)

 
 
 
 

 

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