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LULA MANDA
INSTALAR GABINETE PROVISÓRIO NO PARÁ
E INTERDITA 8,2 MILHÕES DE HECTARES
DE FLORESTAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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17/02/2005 - O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva considerou a execução
da freira Dorothy Stang e as demais mortes no Estado
do Pará por questões agrárias
"cruéis e covardes", classificou
os crimes como "uma reação à
implantação dos programas de governo
federal voltados para o ordenamento fundiário
e a preservação ambiental naquela
região" e mandou instalar um gabinete
provisório do governo federal na área,
além de interditar 8,2 milhões de
hectares de florestas em terras da União
junto à BR-163.
A informação foi dada pelo porta-voz
da Presidência da República, André
Singer. Segundo ele, Lula garantiu que os programas
do governo federal que geraram reações
contrárias continuarão a ser implementados
e serão ampliados naquele estado. Para isso,
o presidente Lula aprovou a criação
da Estação Ecológica da Terra
do Meio e do Parque Nacional da Serra do Pardo,
na região de maior pressão de desmatamento
no ano passado no Pará.
Juntas, conforme anunciou a ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, essas duas unidades de conservação
somam mais de 3,8 milhões de hectares e protegerão
uma das regiões mais importantes de floresta
naquele estado.
Um gabinete provisório para reforçar
as ações do governo federal também
será instalado naquele estado. O lugar ainda
não foi definido, mas o gabinete deve funcionar
em Belém ou no município de Altamira.
Lula também decidiu interditar toda a região
de florestas existentes em terras públicas
federais localizadas na margem esquerda da rodovia
BR-163, no estado do Pará. São mais
de 8,2 milhões de hectares onde serão
estudadas a criação de unidades de
conservação nos próximos seis
meses.
Marina Silva destacou que todas essas ações
devem servir de exemplo à opinião
pública nacional de que "não
haverá nenhum tipo de retrocesso quanto à
implementação das ações
de ordenamento fundiário e de criação
de unidades de conservação naquele
estado".
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ana Paula Marra