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PF ACREDITA
QUE SUSPEITOS DE ASSASSINAR DOROTHY STANG
ESTÃO NA REGIÃO DE ANAPU
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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17/02/2005 - Anapu
(Pará) – A Polícia Federal trabalha
com a hipótese de que os quatro suspeitos
de envolvimento no assassinato da missionária
norte-americana Dorothy Stang ainda estejam na região
de Anapu, interior do Pará, escondidos na
selva. Os procurados são Uquelano Pinto e
José Maria Pereira, os dois pistoleiros que
teriam executado a religiosa, Amauri Segove Cunha,
mais conhecido como "Tato", e o mandante
Vitalmiro Bastos de Moura.
Poucas horas após o assassinato da freira,
os policiais encontram dois carros que foram usados
pelos assassinos: uma caminhonete Ford S 350 e o
uma Mitsubishi L200. A procura pelos suspeitos dentro
da floresta ainda não aconteceu porque as
Polícias Militar, Civil e Federal aguardavam
reforços do Exército. "Estávamos
esperando o Exército. Não adianta
entrar por entrar", diz o delegado da PF, Ualame
Fialho Machado.
A Polícia Civil está na expectativa
de que pelo menos um helicóptero seja usado
na procura dos foragidos. A assessoria do Exército
confirma que eventuais buscas dependem de expedição
de mandados de prisão por parte da justiça.
Na manhã desta quinta-feira, as tropas do
Exército começaram a se deslocar de
Altamira para Anapu. Os primeiros helicópteros
chegaram até Anapu com 35 homens. O efetivo
designado para o município é de 110
soldados. A Polícia Federal chegou a declarar
nesta quinta-feira de que havia um "comentário"
em Anapu sobre uma possível apresentação
de Vitalmiro de Moura às autoridades locais.
Mas não houve nenhuma confirmação.
As investigações apontam para a possibilidade
do mandante do assassinato também ter fugido
de avião. Testemunhas viram uma pequena aeronave
ter decolado no domingo a poucos quilômetros
do local onde aconteceu a execução
de Dorothy Stang.
As instalações da 51ª Brigada
de Infantaria de Selva, em Altamira, servirão
como base para o posto de comando das operações
dos cerca de 2 mil militares que apoiarão
ações de segurança pública
e fiscalização fundiária, ambiental
e trabalhista no sul do Pará.
Segundo a Comunicação Social do Exército,
os soldados deverão fornecer apoio logístico,
como transportes e alojamento, além de segurança
a equipes do Ministério do Trabalho, do Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), do Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e das polícias Federal, Militar e
Civil.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Spensy Pimentel