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RESERVA BIOLÓGICA
DE POÇO DAS ANTAS TEM NOVO PLANO
DE MANEJO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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(18.2.05) - A Reserva
Biológica de Poço das Antas, localizada
no município de Silva Jardim (RJ), tem novo
plano de manejo. O documento já está
sendo implementado na reserva que possui 5.500 hectares
de Mata Atlântica. A unidade de conservação
foi a primeira do gênero a ser criada no país,
em 1974. Poço das Antas nasceu com o objetivo
de conservar a Mata Atlântica de baixada fluminense
e suas espécies, principalmente o mico-leão-dourado
(Leonthopitecus rosalia) e a preguiça de
coleira (Bradypus torquatus).
O novo plano de manejo define as novas áreas
de entorno da reserva, incluindo locais de relevância
para a proteção do bioma, considerado
um dos mais ameaçados do mundo. Até
o advento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
- SNUC, o entorno das unidades de conservação
(UC) era preestabelecido no raio de 10 quilômetros
a partir dos seus limites. Com as novas diretrizes,
o entorno de uma UC passa a englobar toda e qualquer
área de importância para a conservação
da biodiversidade e mesmo da diversidade cultural.
"No caso de Poço das Antas, um sítio
arqueológico localizado no município
de Araruama, a 50 quilômetros da Rebio, passará
a ser considerado como seu entorno e, assim, deverá
receber tratamento especial" explica Rodrigo
Varella Mayerhofer, chefe da reserva. Também
entrará no mesmo critério a nascente
do rio São João, que fica a cerca
de 60 quilômetros da reserva, entre os municípios
de Rio Bonito e Cachoeira de Macacu.
O documento, formulado a partir de recursos da compensação
ambiental da obra de um gasoduto que passa próximo
à reserva, também redesenhará
as áreas no interior da Rebio que poderão
ser utilizadas para proteção, pesquisa
e educação ambiental, as três
únicas atividades permitidas na unidade.
Trata-se de uma ampla redefinição
que norteará todas as ações
feitas na reserva a partir de agora.
Micos-leões-dourados
Poço das Antas
abriga a maior população de micos-leões-dourados
selvagens. São cerca de 50 grupos e um total
de aproximadamente 300 indivíduos. A reserva
é de acesso restrito ao público, sendo
aberta par pesquisadores de várias partes
do mundo que procuram o local para o desenvolvimento
de pesquisas científicas.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Jaime Gesisky)