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SECRETÁRIO
DIZ QUE AGROECOLOGIA PROTEGE MEIO AMBIENTE
E REDUZ GASTOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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15/02/2005 - O secretário
nacional de Agricultura Familiar do Ministério
do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini,
disse hoje, durante o lançamento do Programa
Nacional de Agroecologia, que, além do aumento
da procura por produtos mais nutritivos e saudáveis,
a agroecologia é uma cultura mais rentável
pois reduz gastos com produtos químicos importados.
"Temos indicadores de que essa é uma
agricultura que, além de preservar o meio
ambiente e de dar melhor qualidade de trabalho aos
nossos agricultores, é mais rentável
do ponto de vista econômico. Com a agroecologia,
o agricultor vai produzir alimentos com valor agregado
cada vez maior", salientou.
Frutas desidratadas, açúcar mascavo,
cereais, frango caipira, leite e mesmo a cachaça
são alguns dos produtos orgânicos produzidos
no Brasil. Hoje, 300 mil toneladas de orgânicos
são cultivados por ano, movimentando um mercado
de US$ 70 milhões.
Segundo informações do Ministério
do Desenvolvimento Agrário, o Brasil exporta
para países como Japão, Nova Zelândia,
França, Alemanha e Holanda. Além disso,
cerca de 30 mil produtores cultivam estes produtos
mas apenas 15 mil propriedades são certificadas,
sendo que 70% delas pertencem a agricultores familiares.
"Com o Programa Nacional de Agroecologia, daremos
apoio à industrialização e
comercialização de produtos",
destacou Bianchini.
Segundo Romário Rosseto, representante do
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Rio
Grande do Sul trabalha há três anos
com produtos como o frango caipira ecológico
e o leite ecológico. "O gado leiteiro
é alimentado à base de pasto, só
com produtos de origem vegetal. O modelo da agroecologia
é sustentável, dá autonomia
aos camponeses na produção dos seus
insumos e estabelece uma relação direta
com o consumidor, produzindo alimentos saudáveis
que chegam à mesa do povo brasileiro",
considerou.
Para se beneficiar da linha de crédito do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf), os projetos devem ser encaminhados
aos bancos do Brasil, da Amazônia (Basa) e
do Nordeste (BNB), observando as normas do programa.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Keite Camacho