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TRANSGÊNICOS,
SANIDADE E AGROENERGIA TAMBÉM FORAM
ABORDADOS NA COLETIVA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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18/02/2005 Silvio
Crestana, diretor-presidente da Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, lembrou, também na coletiva
à imprensa do dia 18 de fevereiro, que decisões
relacionadas à comercialização
da soja transgênica prevista em Medida Provisória,
não depende da Empresa. “Cabe a nós
buscar o melhor da pesquisa, olhar o mundo e fazer
o que ele está fazendo”, disse, defendendo
que o Brasil não deve ter posição
inferiorizada em relação a outros
países. “Transgenia é uma técnica
da biotecnologia e nós vamos trabalhar com
todas as tecnologias possíveis para a agricultura
tropical, dentro dos limites estabelecidos pela
lei e em consonância com a política
do Governo Lula”.
Além da biotecnologia, Crestana ressaltou
a importância de se avançar em temas
emergentes como nanotecnologia, nutrição
e saúde, defesa sanitária, créditos
de carbono, avaliação de riscos e
recursos hídricos. Considerou a agroenergia
um grande desafio para a pesquisa agropecuária.
“A agricultura está deixando de ser apenas
produtora de alimentos e se tornando também
produtora de energia, possível de ser obtida
a partir da transformação da biomassa”.
Os diretores da Empresa falaram também sobre
sanidade animal e vegetal. O diretor Kepler Euclides
Filho lembrou que a Embrapa conseguiu, no ano passado,
aprovar projetos junto à Financiadora de
Estudos e Projetos – Finep relacionados ao combate
da ferrugem da soja e à prevenção
do mal-da-vaca- louca (Encefalopatia Espongiforme
Bovina) e da gripe do frango (Influenza Aviária),
doenças que, mesmo sem haver registro no
Brasil, preocupam o mundo e podem ameaçar
os segmentos da bovinocultura e avicultura nacionais.
Sem ruptura
Quanto à agricultura
familiar, Crestana deixou claro que não há
ruptura com as propostas defendidas pela Diretoria
anterior. “Pelo contrário. Nós reconhecemos
que a Embrapa é pública e precisa
atender demandas vindas de todos os segmentos, dos
pré-assentamentos às esferas mais
privilegiadas do agronegócio”, disse. Enfatizou
que as diferenças entre os segmentos devem
ser levadas em consideração apenas
do ponto de vista metodológico.
O diretor Geraldo Eugênio completou a idéia
de Crestana dizendo que a dualidade entre agricultura
familiar e agronegócio é “fábula”.
Ressaltou o fato de a Embrapa trabalhar desde sua
criação com agricultura familiar e
a importância do segmento, responsável
por 30% do PIB agrícola nacional.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Maria Féres Cardillo))