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DELEGADOS DA POLÍCIA
FEDERAL NEGAM ENVOLVIMENTO DE POLÍTICO
EM ASSASSINATO DE MISSIONÁRIA
Panorama
Ambiental
Altamira (PA) – Brasil
Fevereiro de 2005
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21/02/2005 – Após
o depoimento do acusado de ser o autor dos disparos
que mataram a freira Dorothy Stang, os delegados
que comandam as investigações afirmaram
que as declarações de Rayfran das
Neves Sales "excluem qualquer responsabilidade"
do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Anapu, Francisco de Assis de Souza, no caso.
O sindicalista foi candidato a vice-prefeito na
cidade e era amigo da missionária.
"Rayfran mencionou o nome de "Chiquinho"
[sindicalista Francisco de Assis], mas ouvido na
Polícia Federal, ele retificou o depoimento
dele", afirmou o delegado da Polícia
Federal, Ualame Fialho Machado, que não deu
mais detalhes do depoimento porque o caso está
sob segredo de justiça. O delegado, porém,
afirmou que a equipe de investigação
"nunca acreditou" na tese divulgada anteriormente
por Rayfran, pois, segundo ele, "não
era condizente com os autos".
As declarações anteriores do acusado,
que já confessou o crime, repercutiram no
Congresso Nacional, onde uma comissão parlamentar
acompanha as investigações. A presidente
da comissão, senadora Ana Júlia Carepa
(PT-PA), afirmou que as falas de Rayfran das Neves
não passam de "calúnias e de
mais uma tentativa de grileiros e madeireiros de
criminalizar o trabalho feito por irmã Dorothy".
Ana Júlia chegou a cogitar a possibilidade
de divulgar uma nota oficial de repúdio às
declarações. "Se, por acaso,
a Polícia Civil do Pará ou a Justiça
do Estado ‘embarcarem’ nessa história vão
se colocar sob suspeita", afirmou a senadora
petista na tarde desta segunda-feira. Para ela,
esta versão é uma "clara tentativa
de desviar a atenção dos investigadores"
que tinham como um dos principais suspeitos como
mandante do crime o fazendeiro Vitalmiro Bastos
de Moura.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Spensy Pimentel e Marcos Chagas