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EQUIPE DE INVESTIGAÇÃO
DO ASSASSINATO DE FREIRA VAI PEDIR REVISÃO
DO SEGREDO DE JUSTIÇA
Panorama
Ambiental
Altamira (PA) – Brasil
Fevereiro de 2005
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21/02/2005 – A equipe
de investigação do crime da missionária
Dorothy Stang vai tentar nesta terça-feira
reverter o decreto do juiz Lauro Alexandrino, da
Comarca de Pacajá, no sudoeste do Pará,
que decidiu pelo segredo de justiça no caso.
A decisão judicial foi pedida pelo promotor
de justiça Sávio Brabo de Araújo,
do Ministério Público Estadual.
"Vamos conversar com os juízes para
tentar rever esse posicionamento de sigilo do inquérito
para que a gente possa dar uma posição
sobre a correta linha de investigação",
disse o delegado da Polícia Federal, Ualame
Fialho Machado, após depoimento do acusado
de disparar os tiros contra a freira, Rayfran das
Neves Sales. Durante entrevista à imprensa,
os investigadores não deram mais detalhes
porque o caso está sob sigilo de justiça,
decretado pela Comarca de Pacajá, no sudoeste
do estado.
A representante da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), Denise Aguiar, que acompanhou o depoimento
de Rayfran das Neves disse que o acusado confessou
o crime e que teria sido receberia R$ 50 mil de
Amair Freijole da Cunha ("Tato") para
realizar o assassinato de Dorothy Stang no dia 12
de fevereiro.
Em Brasília, o ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos, não questionou
a decisão de sigilo decretada no Pará.
"Acho que segredo de Justiça é
uma faculdade do juiz. Eu sei que houve uma reação
fulminante a esses crimes lá, a Polícia
Federal está lá, o Exército
está lá, estão trabalhando
junto com as polícias estaduais", disse
em entrevista na sede da OAB.
Já o presidente da OAB, Roberto Busato, disse
não ver razão para que as investigações
sobre o assassinato da missionária tenham
sido colocadas como segredo de Justiça. "O
mundo inteiro está acompanhando o episódio
e dá a impressão de que estão
querendo esconder alguma coisa, e o brasileiro não
quer esconder nada", afirmou.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Spensy Pimentel