|
FUNAI INAUGURA CENTRO CULTURAL
EM TERRA INDÍGENA PARESI
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
|
 |
21/02/2005 O presidente
da Fundação Nacional do Índio
(Funai), Mércio Pereira Gomes, participou,
na sexta-feira (18/02), da inauguração
da Casa da Cultura Haliti Hanã, na Terra
Indígena do Rio Formoso, em Tangará
da Serra (MT). A casa tem como objetivo preservar
a cultura dos índios Paresi e se tornar um
centro de ensino de técnicas tradicionais.
"Este momento representa a renovação
cultural do povo Paresi", afirmou o presidente
da Funai.
Atualmente a população Paresi é
de cerca de 2000 pessoas, mas na década de
1960 foi reduzida a menos de 200 indivíduos,
correndo sérios riscos de extinção.
Mércio Gomes destacou que o crescimento demográfico
foi acompanhado de um crescimento cultural. Ele
afirmou que o investimento terá futuro, pois
os velhos serão respeitados e irão
ensinar aos jovens suas tradições
para que eles saibam que não é necessário
deixar de ser Paresi para aprender o português.
"Vocês podem ser Paresi, pensar como
Paresi e, ao mesmo tempo, participar do que quiserem
fora da aldeia", disse Gomes.
O presidente da Funai aproveitou a visita para se
reunir com lideranças indígenas da
região. Mércio Gomes anunciou que,
até o final do ano, deverão estar
demarcadas quatro áreas restantes reivindicadas
pelos Paresi. Ele informou que equipes da Funai
já estão sendo enviadas à região
para efetuar os trabalhos de identificação
e demarcação.
O administrador regional da Funai em Tangará
da Serra, Roni Wálter Paresi, considera que
os Paresi estão trilhando o caminho para
a construção de um futuro melhor e
mais digno. "Estamos construindo o futuro dos
jovens de nosso povo", disse.
A Casa de Cultura Haliti Hanã foi feita com
a arquitetura tradicional dos Paresi (Oca em estilo
Hati) e tem 112 metros quadrados. É a primeira
de oito casas de cultura que estão sendo
construídas em terras indígenas do
país. As outras oito serão na Paraíba,
Mato Grosso do Sul, Acre, Pernambuco (duas) e Amazonas
(três).
Na Casa da Cultura serão realizados cultos
sagrados e projetos culturais. Três projetos
já estão definidos: confecção
de artesanato Paresí, resgate da cultura
de cerâmica e o levantamento do repertório
de cânticos do povo Paresí.
O espaço também poderá ser
utilizado para exposições, venda de
artesanato e na recepção de turistas
e estudantes. Os visitantes poderão conhecer
o artesanato indígena e o acervo da Casa
da Cultura, que reúne peças antigas
e atuais da cultura indígena. A Casa da Cultura
levou dois meses para ser construída.
Fonte: Funai – Fundação
nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa