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IBAMA DEFINE OPERAÇÕES
DE FISCALIZAÇÃO NA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Belém (PA) – Brasil
Fevereiro de 2005
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(24/02/05) – A cidade
de Anapu (PA), onde assassinaram a missionária
Dorothy Stang, será o primeiro alvo da lista
de operações emergenciais de fiscalização
que o Ibama deflagrará a partir da próxima
semana na Amazônia. O cronograma, traçado
pelo Diretoria de Proteção Ambiental
(Dipro) dentro do Plano de Prevenção
e Combate ao Desmatamento Ilegal na Amazônia,
foi discutido hoje em reunião em Belém
com gerentes e chefes de escritórios do Ibama,
representantes do Ministério do Meio Ambiente,
do Exército e da Polícia Rodoviária
Federal, parceiros do Ibama, assim como a Polícia
Federal e Delegacia Regional do Trabalho – DRT e
o Incra .
Entre operações, que serão
intensificadas nos próximos 90 dias para
coincidir com o período de maior atividade
madeireira, estão seis grandes fiscalizações
em serrarias no Pará, Rondônia e Mato
Grosso e outras ações nas reservas
extrativistas Verde para Sempre e Riozinho do Anfrísio,
ambas no Pará.
O diretor de Proteção Ambiental do
Ibama, Flavio Montiel, garante que em 2005 as taxas
de desmate ficarão abaixo das registradas
em 2004, devido a execução de medidas
do Plano de Combate ao Desmatamento criado dois
anos atrás.
Montiel enfatiza que "as ações
em curso estão provocando reações
dos setores que se beneficiam da ilegalidade, na
esperança de que o Estado brasileiro recue".
Mas a resposta do governo, segundo Montiel, será
a adoção das medidas de caráter
emergencial e extraordinário intensificando
e acelerando processos já iniciados.
O presidente interino do Ibama, Luiz Fernando Merico,
informa que o governo investe também na instalação
de dez bases operativas em municípios onde
há remanescentes florestais importantes com
evidências de futuros desmatamentos, existência
de unidades de conservação, presença
do crime organizado, entre outros. A atividade ilegal
de desmatamento, em geral, é acompanhada
por outros ilícitos, como trabalho escravo,
tráfico de armas, grilagem de terra. As bases
operativas são: Tucumã/São
Felix do Xingu, Altamira, Marabá, Itaituba,
Novo Progresso (PA), Juína (MT), Alta Floresta
(MT), Aripuanã (MT), Apuí (AM) e Ji-Paraná
(RO).
No ano passado, quatro bases operativas – formada
por servidores do Ibama, militares do Exército
e agentes da Polícia Federal – entraram em
operação. Mas o Ibama já fez
compras de lanchas, carros, computadores, aparelhos
de geoprocessamento remoto para estruturar dez bases.
Neste ano, o órgão tem R$ 55,5 milhões
para compra de novos equipamentos e execução
de mais 100 ações estratégicas.
O Ibama está fortalecendo a equipe de fiscais
na região. Além dos 360 fiscais fixos
na região, o presidente interino do Ibama
assinou portaria prevendo reforço de mais
90 fiscais, em sistema de rodízio, vindos
de outros Estados. Mais 16 analistas ambientais
trabalharão na análise de plano de
manejo para a exploração legal de
madeira na região.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Sandra Sato e Edson Gillet)