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POLÍCIA DIZ QUE
RECONSTITUIÇÃO DO CRIME CONTRA
MISSIONÁRIA ESCLARECEU DÚVIDAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2005
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25/02/2005 - A reconstituição
do assassinato da missionária Dorothy Stang,
ocorrido no dia 12, em Anapu (PA), esclareceu as
"dúvidas que ainda restavam" para
a Polícia Civil. O responsável pela
investigação, delegado da Polícia
Civil Waldir Freire disse que a simulação
foi "esclarecedora" para o caso. "A
reconstituição foi fundamental para
a continuidade das investigações e
do trabalho da polícia. Se havia alguma dúvida,
não há mais."
Mais de 100 homens participaram da simulação
que durou três horas e meia. Rayfran das Neves
Sales, o "Fogoió", Amair Feijoli
da Cunha, o "Tato", e Clodoaldo Carlos
Batista, o "Du", acusados de envolvimento
na morte da religiosa, foram colocados pela primeira
vez frente a frente na cena do crime. A 40 quilômetros
de Anapu, local onde foi encontrado o corpo da missionária,
os assassinos acusaram Tato de mentir no depoimento,
enquanto mostravam o que aconteceu no dia da morte
de Dorothy. "Esse foi o primeiro contato deles,
desde o dia da morte da irmã. O Rayfran e
o Clodoaldo estavam muito firmes e acusaram Tato
o tempo todo de ser o mandante do crime", conta
o delegado.
De acordo com Waldir, os policiais foram até
a casa de Vicente Soeira, dono do imóvel
em que Dorothy dormiu na véspera do crime
e de onde saiu até ser abordada na estrada
por Rayfran, como confessou o preso em depoimento
à Polícia Civil.
Rayfran afirmou que a religiosa havia se despedido
de um morador da área na estrada e, ao seguir
em direção do assentamento Esperança,
foi abordada por Rayfran e Clodoaldo. Vestindo um
colete à prova de balas, Rayfran disse também
que cercou a irmã e passou a conversar com
ela, enquanto Clodoaldo observava. Segundo o delegado,
os depoimentos dos acusados se confirmaram na reconstituição,
não tendo "um só furo".
"Tudo batia no depoimento deles e na forma
como mostraram que aconteceu."
Os policiais simularam também a reunião
dos colonos, ocorrida na casa de Vicente Soeira,
na véspera do crime. Rayfran chegou a ir
ao local, mas não conseguiu encontrar a irmã.
De acordo com o depoimento, ele pretendia matá-la
nesse dia.
O delegado Waldir Freire disse que vai esperar a
conclusão do relatório da perícia
sobre a reconstituição, que deve ficar
pronto em dez dias.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Christiane Peres