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BIOSSEGURANÇA: NOTA
À IMPRENSA DO MMA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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03/03/2005 O Ministério
do Meio Ambiente reitera sua posição,
já conhecida publicamente, acerca do Projeto
de Lei que dispõe sobre a Política
Nacional de Biossegurança e estabelece normas
de segurança e mecanismos de fiscalização
de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs),
aprovado ontem pelo Congresso Nacional.
O Ministério do Meio Ambiente considera que
o projeto de lei, no que se refere a transgênicos,
relega os órgãos públicos que
atuam nas áreas de meio ambiente, de pecuária
e agricultura, de pesca e de saúde a um papel
secundário, ao conferir à Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio) poderes exclusivos e vinculantes na liberação
da produção comercial de organismos
geneticamente modificados.
O Ministério do Meio Ambiente entende que
o modelo de regulação adotado cassa
a competência do Sistema Nacional de Meio
Ambiente para avaliar impactos ambientais decorrentes
da liberação de
transgênicos no meio ambiente, ao atribuir
à CTNBio o poder de definir a necessidade,
ou não, de realização do licenciamento
ambiental. Cria-se com isso sério desequilíbrio
no processo de tomada de decisão a respeito
dos OGMs, em prejuízo das precauções
necessárias para lidar com tecnologias cujas
conseqüências nos ecossistemas brasileiros
ainda não estão devidamente identificadas.
Ciente da plena competência constitucional
do Congresso Nacional de aprovar democraticamente
as normas legais que regem o País, o Ministério
do Meio Ambiente sente-se na obrigação
de apontar à sociedade brasileira os potenciais
riscos ambientais envolvidos no projeto de lei aprovado.
O Ministério continuará a exercer
suas prerrogativas institucionais relativas à
proteção e preservação
do meio ambiente e à promoção
do desenvolvimento sustentável, cuja premissa
fundamental é a capacidade de levar em conta,
nas escolhas do presente, as condições
de vida a serem legadas às gerações
futuras.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom