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DEPUTADOS DISCUTEM POLÍTICA
DE ENERGIA NUCLEAR
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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Os efeitos e riscos
ambientais provocados pela construção
e operação de usinas nucleares têm
sido um tema constante na agenda da Câmara.
Atualmente, tramitam na Câmara propostas sobre
novas regras de fiscalização e cadastramento
de fontes radioativas, normas para funcionamento
de usinas, a criação de uma política
nacional de energia nuclear e até a proibição
da construção de novas usinas.
Apesar de relativamente barata, a preocupação
da maior parte das propostas em análise na
Casa é de que energia nuclear pode se constituir
em dano ao homem e ao MEIO AMBIENTE. Segundo a Eletronuclear,
órgão responsável pela construção
e operação de usinas nucleares, uma
unidade nuclear gasta em média 35 dólares
por megawatt/hora produzido - apenas um dólar
a mais que a hidrelétrica. Uma usina termelétrica,
para produzir a mesma quantidade de energia, gasta
45 dólares. O grande problema é que
a usina nuclear produz também enorme quantidade
de lixo radioativo, que pode ser fatal em contato
direto com o homem. Os rejeitos precisam ficar armazenados
por centenas de anos, para que percam sua radioatividade
e se tornem inofensivos.
Novas normas
Entre as propostas
em análise pela Câmara está
projeto de lei (PL 2751/03) do deputado Salvador
Zimbaldi (PTB-SP) que propõe a obrigatoriedade
de cadastramento de fontes radioativas e sua fiscalização,
para evitar acidentes como o ocorrido em Goiânia
com o césio-137 em 1987.
Outra proposta, do Poder Executivo, prevê
a criação da Política Nacional
de Energia Nuclear e o Sistema de Proteção
ao Programa Nuclear Brasileiro, que irá,
entre outras funções, assegurar que
sejam adotadas as medidas de segurança necessárias
em programas nucleares.
O outro projeto (PL 3043/04) do deputado Antonio
Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) propõe a proibição
da construção de usinas de fissão
nuclear com o objetivo de gerar energia elétrica.
Fonte: Câmara de Deputados
(www.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa