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GILBERTO MIRANDA REPUDIA
DECLARAÇÕES DE PASCAL LAMY
SOBRE “INTERNACIONALIZAÇÃO
DA AMAZÔNIA”
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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04/03/2005 O senador
Gilberto Miranda (PFL-AM) repudiou as declarações
do ex-comissário da União Européia
e candidato à direção da Organização
Mundial do Comércio (OMC) Pascal Lamy que,
em conferência proferida em Genebra, sugeriu
que a Amazônia deve ser objeto de "gestão
compartilhada", porque representaria "um
bem público global". Lamy falou em um
evento denominado Lições da Europa
para a Governança Global.
Miranda lembrou que a Europa, ao longo dos séculos,
manteve "a escandalosa política da terra
arrasada no que tange à gestão responsável
do seu patrimônio natural". O senador
lembrou ainda que os piratas, corsários e
conquistadores europeus, principalmente ao longo
do século 19, protagonizaram a selvagem e
desumana colonização da África
e da Ásia, "com um legado de destruição
exploratória semelhante à que os espanhóis
promoveram no continente americano, a partir do
século 16".
Outra lembrança do senador, que em sua opinião
desautoriza a França a defender causas ecológicas,
é que o país, em 1995, contra toda
a opinião pública mundial, realizou
vários testes nucleares no Atol de Mururoa,
sob a presidência do mesmo Jacques Chirac.
- Vale notar que a controvertida proposta, de internacionalização
da Amazônia, absurda, preconceituosa e inaceitável
sob quaisquer aspectos, não ofende apenas
a soberania do Brasil, mas também a de sete
outros países da América do Sul, Paraguai,
Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela
e Suriname - disse o senador.
Gilberto Miranda, para quem Pascal Lamy não
deve contar com o apoio de nenhum país sul-americano
para sua candidatura a diretor-geral da OMC, lembrou
ainda a gestão desastrosa que a França
exerce na Guiana Francesa, "um depauperado
e triste departamento de ultramar que sobrou à
multitentacular potência colonial européia".
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa