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GOVERNO VISTORIA REGIÃO
DO SÃO FRANCISCO PARA DEFINIR ÁREAS
PROTEGIDAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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02/03/2005 A Caatinga
é o único bioma totalmente brasileiro,
sua fauna e sua flora só existem aqui, e
também um dos menos protegidos com unidades
de conservação, logo atrás
dos Campos Sulinos e do Pantanal. Mas essa realidade
começará a mudar com a implementação
de uma série de áreas protegidas na
região, ação prevista pelo
Programa de Revitalização da Bacia
do Rio São Francisco, coordenado pelo Ministério
do Meio Ambiente.
Entre os dias 11 e 15, representantes do MMA e do
Ibama realizam uma vistoria na área do Baixo
São Francisco entre os municípios
de Paulo Afonso, na Bahia, e Poço Redondo,
em Sergipe, onde serão implementados o Parque
Nacional do Cânion do São Francisco
e a Área de Proteção Ambiental
de Xingó. O trabalho conta com o apoio da
Petrobras e da Chesf, que forneceram helicópteros
para o deslocamento das equipes.
De acordo com a Diretoria de Áreas Protegidas
do MMA, com o sobrevôo será possível
detalhar os limites das novas áreas protegidas,
observando se ainda existem propriedades nos futuros
limites do parque e o estado da vegetação
da Caatinga, por exemplo. Após a vistoria,
serão definidas datas para a realização
de audiências públicas, já que
as novas unidades de conservação terão
seus limites aprovados pelos órgãos
federais em parceria com estados, municípios
e outras instituições. Também
estão previstas a criação do
Parque Nacional da Serra de Itabaiana e da Área
de Proteção Ambiental da Foz do São
Francisco, ambos em Sergipe.
O Parque Nacional do Cânion do São
Francisco será criado como uma das medidas
compensatórias pela construção
da Hidrelétrica de Xingó, e seus limites
serão restritos ao entorno do reservatório
da usina. A Área de Proteção
Ambiental de Xingó será delimitada
no entorno do parque, desde a Usina de Paulo Afonso,
na Bahia, até a região de Poço
Redondo, no Sergipe, onde morreu Lampião,
abrigando todo o cânion do São Francisco.
A APA funcionará como uma "zona de transição"
e beneficiará pelo menos nove municípios
na Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas. Sua implementação
não trará desapropriações
e nem a proibição de atividades produtivas,
pelo contrário, trará a regulação
sustentável do uso da terra. Sua criação
será feita de forma a causar o menor impacto
possível sobre a economia local e regional.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom