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GREENPEACE CONCLAMA POPULAÇÃO
A SE MOBILIZAR CONTRA ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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03/03/2005 - A organização
não-governamental Greenpeace divulgou nota
em que conclama a sociedade civil a se mobilizar
contra a produção de alimentos geneticamente
modificados e a pedir o veto presidencial ao Projeto
de Lei de Biossegurança, que acaba de ser
aprovado na Câmara. De acordo com o Greenpeace,
o projeto aprovado elimina, na prática, a
necessidade de estudo de impacto ambiental para
essas iniciativas.
De acordo com a ONG, o Projeto de Lei N° 2.401-C,
de 2003, aprovado pela Câmara nesta quarta-feira
é contrário à proposta original
elaborada pelo governo federal, uma vez que torna
facultativo o licenciamento ambiental, eliminando
a obrigatoriedade da apresentação
dos estudos de impacto no meio ambiente.
O Greenpeace lembra que a primeira versão
do Projeto de Lei de Biossegurança foi elaborada
em junho de 2003 por um grupo interministerial,
com participação da sociedade civil.
Os principais elementos do texto eram a necessidade
da avaliação de impactos ambientais
pelo Ministério do Meio Ambiente e avaliação
da segurança alimentar pelo Ministério
da Saúde, que seriam feitas após a
avaliação do Ministério da
Ciência e Tecnologia, cabendo a cada ministério
a competência constitucional de avaliações
de risco para liberação comercial.
Para a ONG, a versão aprovada retira essa
competência dos ministérios do Meio
Ambiente, da Saúde e da Agricultura de decidir
sobre a liberação de qualquer variedade
transgênica, concentrando na Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio), o poder decisório sobre a liberação
de organismos geneticamente modificados, assim como
a capacidade de determinar se existe necessidade
da apresentação dos estudos de impacto
no meio ambiente e na saúde humana.
O Greenpeace considera inconstitucional a lei aprovada,
já que o Artigo 225 da Constituição
Federal determina a necessidade de estudo prévio
para atividades com potencial de causar impacto
no meio ambiente.
Para a ONG, está nas mãos de consumidores
e cidadãos, exigir que seja cumprida a sua
vontade e ainda que lhe seja dado o direito pleno
à informação e à participação
no processo.
Com informações do Greenpeace.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)