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REUNIÃO DA ONU SOBRE
PESCA DISCUTIRÁ COLAPSO DA ATIVIDADE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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Especialistas do
Ibama e do Ministério do Meio Ambiente participam,
entre os dias 7 e 11 de março, em Roma, da
reunião anual do Comitê de Pesca da
FAO, o órgão das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação.
Eles integram a comitiva que representará
o país durante o evento.
A gestão sustentável do uso dos recursos
pesqueiros é um dos temas centrais da reunião.
De acordo com a ONU, 75% de toda a pesca mundial
é 'sobre-explorada', ou seja, existe excesso
de captura na atividade. A situação,
segundo os estudiosos, pode levar a um colapso da
pesca em escala global.
A situação é provocada pelo
não cumprimento dos princípios das
Nações Unidas sobre o direito do mar
e, mais recentemente, do acordo sobre espécies
migratórias ou pertencentes a mais de um
país.
O Código de Conduta para Pesca e Aqüicultura,por
exemplo, existe desde 1987, mas ainda não
está completamente implementado. Tais regulamentações
internacionais têm caráter voluntário,
podendo ou não ser cumpridas pelos países
membros. Em caso de descumprimento, não existem
sanções que possam ser aplicadas aos
infratores.
Captura incidental
Além da produção
pesqueira mundial, a reunião da FAO também
servirá para o debate sobre a captura incidental
de animais marinhos em espinhéis (longos
cabos de aço com milhares de anzóis
para a pesca em alto mar nas embarcações
pesqueiras).
As tartarugas marinhas, os albatrozes e petréis
estão entre os animais que mais sofrem com
a captura incidental. O Brasil precisa ratifica
o acordo internacional que prevê a adoção
de medidas alternativas para prevenir tais capturas.
Falta apenas a decisão do Congresso Nacional.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Jaime Gesisky)