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SEMINÁRIO DEBATE
COMBATE A POLUIÇÃO MARINHA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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04/03/2005 Começa
segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, um seminário
para capacitar gestores e fiscais na aplicação
de diretrizes internacionais para reduzir a poluição
marinha. O encontro também visa ampliar as
discussões sobre as atualizações
necessárias para reduzir, prevenir e controlar
o descarte de resíduos no mar. O Seminário
Internacional sobre Gestão e Controle de
Resíduos que podem ser Considerados para
Alijamento no Mar, é uma promoção
do Ministério do Meio Ambiente, em parceria
com a Petrobras, a Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos e o Escritório
da Convenção de Londres, na Inglaterra.
Destinado a técnicos de órgãos
ambientais e de saúde, empresas petrolíferas,
companhias de navegação, diretorias
de portos e pesquisadores, entre outros, o seminário
também será realizado em Brasília,
entre os dias 10 e 11. Diante do interesse pelo
tema, os organizadores estão estudando a
realização de outros encontros.
O Brasil assinou a Convenção de Londres,
como é chamada a Convenção
sobre Prevenção da Poluição
Marinha por Alijamento de Resíduos e outras
Matérias, em 1982. O acordo internacional,
prevê o controle do descarte de resíduos
no mar que prejudiquem não só a saúde
humana e a vida marinha, mas também as atividades
de navegação e lazer. Em 1996, a aprovação
de um protocolo atualizou a Convenção
de Londres, mas a adesão do Brasil a este
novo texto ainda depende de ratificação.
A expectativa é de que o seminário
acelere essa decisão, já que Protocolo
de 1996 inclui dispositivos inspirados no sistema
de licenciamento ambiental e de produção
limpa.
Segundo Robson Calixto, especialista em poluição
marinha do Ministério do Meio Ambiente, na
década de 90, no Mar do Norte, na Europa,
foram lançadas 150 milhões de toneladas
de material dragado. Para evitar a contaminação
do mar territorial brasileiro, o Conselho Nacional
do Meio Ambiente (Conama) aprovou em 2004 a Resolução
344, estabelecendo linhas gerais e procedimentos
mínimos para a avaliação de
materiais dragados em águas brasileiras.
Em geral, o material dragado em áreas portuárias,
estuários e baías para a execução
de obras para aprofundamento ou manutenção
de canais de acesso, por exemplo, contém
contaminantes, como metais pesados e hidrocarbonetos.
Depositados em alto mar, além de prejudicar
a vida marinha, pode contaminar peixes, entrar na
cadeia alimentar e provocar danos a saúde
humana. Dependendo do volume e composição
do resíduo, também pode afetar os
diferentes usos do mar , explica Calixto. Ele acrescenta,
porém, que no seminário também
serão analisados alguns exemplos de usos
benéficos da disposição de
resíduos do mar, como o caso de afundamento
de navios para atratores artificiais .
No encontro, serão apresentadas legislações,
normas e experiências sobre o tema com palestras
do presidente do Grupo Científico da Convenção
de Londres, Craigt Vogt, do especialista em dragagem
do Exército dos Estados Unidos, Thomas Fredette,
e do Chefe do Escritório da Convenção
de Londres, René Coenen. Também participam
do evento representantes do Ministério do
Meio Ambiente, da Sociedade Brasileira de Engenharia
Naval, do Sindicato das Empresas de Navegação
Marítima, Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Ibama, órgãos estaduais
de Meio Ambiente, Diretoria de Portos e Costas,
Agência Nacional de Transportes Aquaviários,
Agência Nacional do Petróleo, Instituto
Brasileiro do Petróleo, Associação
Brasileira dos Terminais Privativos, Ministério
dos Transportes.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom