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AGRICULTURA ORGÂNICA
BRASILEIRA TEM A SEGUNDA MAIOR ÁREA
DO MUNDO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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07/03/2005 O Brasil
já tem a segunda maior área de produção
de agricultura orgânica do mundo, com 6,5
milhões de hectares, atrás apenas
da Austrália. A constatação
foi feita por meio de levantamento realizado entre
janeiro e fevereiro deste ano pela Coordenação
de Agroecologia do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). Até
2004, o país ocupava o 34º lugar na
classificação dos maiores produtores
mundiais de orgânicos. O salto no ranking
foi impulsionado pela inclusão do extrativismo
sustentável no cálculo da área
da agricultura orgânica brasileira.
Dos 6,5 milhões de hectares da agricultura
orgânica, o país tem 5,7 milhões
de hectares ocupados pelo extrativismo sustentável
(castanha, açaí, pupunha, látex,
frutas e outras espécies das matas tropicais,
principalmente da Amazônia). Outros países
já incluíam o extrativismo e as pastagens
no cálculo da área do setor. O Brasil
tem ainda cerca de 900 mil hectares plantados com
outras culturas orgânicas.
Para o chefe da Divisão de Certificação
e Controle do Mapa, Roberto Mattar, a ascensão
no ranking internacional de orgânicos representa
maior visibilidade, respeito e oportunidades para
o Brasil. Ainda segundo as estimativas da Coordenação
de Agroecologia, o país tem cerca de 20 mil
produtores de orgânicos - a maioria agricultores
familiares. Abacaxi, banana, café, mel, leite,
carnes, soja, palmito, açúcar, frango
e hortaliças são alguns dos principais
produtos da agricultura orgânica brasileira.
Mercado crescente
Pesquisas têm
comprovado que os alimentos orgânicos são
mais seguros porque são produzidos sem o
uso de agroquímicos. Além de saudáveis,
eles também passaram a ser um bom negócio
nos últimos anos. Dados da Biofach 2005 (maior
feira de produtos orgânicos do mundo), realizada
em Nuremberg, Alemanha, no mês passado, confirmam
isso. De acordo com a Agência de Promoções
das Exportações do Brasil (Apex),
a Biofach 2005 movimentou US$ 31,4 milhões,
valor duas vezes maior do que o negociado na edição
de 2004. Escolhido como tema da Biofach 2005, o
Brasil levou 87 empresas produtoras de orgânicos
ao evento.
“Este momento é histórico”, destacou
o coordenador de Agroecologia do Mapa, Rogério
Dias. Por isso, prossegue ele, o ministério,
a iniciativa privada e o terceiro setor estão
desenvolvendo ações voltadas à
promoção da agricultura orgânica.
“Esse trabalho é fundamental para o avanço
da agricultura orgânica brasileira nos mercados
interno e mundial.” Segundo Dias, a cultura orgânica
busca a sustentabilidade sócio-ambiental
aliada à preservação da natureza,
garantindo assim a manutenção da atividade
agropecuária para as gerações
futuras.
A produção de orgânicos tem
sido uma das prioridades do Ministério da
Agricultura. Prova disso, foi a criação
da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da
Agricultura Orgânica, em março do ano
passado e do processo participativo de regulamentação
da Lei de Agricultura Orgânica (Lei 10.831),
onde o Brasil trabalha o conceito de equivalência
com as normas internacionais para a atividade. Além
disso, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues,
também criou o Pró-Orgânico
– Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica,
com o intuito de fortalecer e estimular o segmento.
Fonte: Ministério da Agricultura
e Pecuária (www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa