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CASO DOROTHY: LAUDO DO
EXAME DE BALÍSTICA SERÁ ENVIADO
À POLÍCIA CIVIL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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09/03/2005 - O Instituto
de Criminalística do Centro de Perícia
Científica Renato Chaves, em Belém,
vai enviar amanhã (10) ao delegado da Polícia
Civil Waldir Freire - que conduz as investigações
sobre o assassinato da freira Dorothy Stang - o
laudo do exame de balística com a confirmação
de que o revólver calibre 38 encontrado na
fazenda de Vitalmiro Bastos de Moura foi a arma
usada para matar a missionária. O fazendeiro,
conhecido como Bida, foi denunciado pelo Ministério
Público do Estado do Pará como mandante
do crime e está foragido.
A arma foi encontrada em uma operação
conjunta das polícias Civil, Militar e do
Exército no dia 22 de fevereiro, dez dias
após a freira ter sido executada com seis
tiros no município de Anapu (PA). A equipe
chegou ao local onde a arma estava enterrada, embrulhada
num saco plástico, com base nas informações
do pistoleiro Rayfran das Neves Sales. Ele é
acusado de ser o autor dos seis disparos e está
preso na Penitenciária de Americano, região
metropolitana de Belém, com outros dois denunciados
como co-autores: o pistoleiro Clodoaldo Batista
e o acusado de ser o intermediário, Amair
Feijoli da Cunha.
Segundo o diretor do Instituto de Criminalística,
Orlando Salgado Gouvêa, o laudo também
confirma que apenas uma arma foi usada no crime.
"Os tiros que mataram a irmã Dorothy
partiram só dessa arma, o que vem a confirmar
a versão do Rayfran, de que só ele
atirou. Não existiu uma segunda arma".
Os peritos fizeram um exame chamado microcomparação
balística, com base em projéteis encontrados
no corpo da missionária. "Do corpo da
irmã, foram retirados três projéteis
e um fragmento de um quarto. No local do crime,
quando nosso perito fez a perícia, encontrou
mais um. O outro transfixou, entrou e saiu do corpo
e não foi encontrado lá no local",
explicou.
De acordo com Gouvêa, a arma foi recarregada
após seis disparos contra a freira. "Ele
(Rayfran) descarregou a arma e, depois que fugiu
para o mato, deve ter colocado mais munição,
porque a arma continha mais quatro projéteis".
Segundo o diretor, o revólver apresenta "alguns
pontos de oxidação", mas ainda
funciona.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Juliana Andrade