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COMISSÃO QUER RETIRAR
URGÊNCIA DE PROJETO SOBRE FLORESTA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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10/03/2005 A ministra
do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou neste quinta-feira
(10) que o Executivo não tem a intenção
de retirar o regime de urgência do Projeto
de Lei 4776/05, que permite o uso econômico
sustentável das florestas públicas
brasileiras. O anúncio foi feito a integrantes
da Comissão da Amazônia, que solicitaram
a audiência para pedir a retirada da urgência
da matéria. Pela manhã, os integrantes
da Comissão fizeram o mesmo pedido ao presidente
da Câmara, Severino Cavalcanti.
A retirada da urgência para a tramitação
do projeto só pode ser feita pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, já que
a proposta foi encaminhada pelo Executivo desta
forma.
Marina Silva explicou aos deputados que a mudança,
no momento, não é possível,
em razão do grande problema de grilagem na
região amazônica. Para a Ministra,
esse problema não pode esperar o trâmite
normal de um projeto de lei, que às vezes
se arrasta durante anos até sua aprovação
pelo Congresso. Marina Silva se comprometeu, no
entanto, pedir a retirada da urgência, caso
o prazo se mostre insuficiente para a comissão
especial realizar todas as discussões necessárias
sobre o tema.
Se a hipótese da retirada da urgência
acontecer, os deputados também se comprometeram
a trabalhar de forma a acelerar a tramitação
do projeto de lei na Câmara.
Debates
A presidente da Comissão
da Amazônia, deputada Maria Helena (PPS-RR),
acredita que esse é um período muito
curto para o debate de um tema tão importante.
"É uma matéria que prevê
a possibilidade de hipotecar florestas públicas,
que prevê a possibilidade de terceirizar uma
concessão de uso da floresta e prevê
a possibilidade de participação de
multinacionais também nesse processo de cessão
dessas terras. Então, como são interesses
muito grandes, entra a questão da soberania.
Dessa forma, a Comissão se sente na responsabilidade
de solicitar a retirada do regime de urgência
para que nós possamos analisar com mais cuidado
essa matéria."
Fonte: Câmara de Deputados
(www.agencia.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa (Simone Salles e Paulo Cesar
Santos)