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MINISTRA DEBATE EM COMISSÃO
ESPECIAL DO SENADO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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10/03/2005 Para a
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a onda
de violência no Pará, além de
ser uma afronta ao Estado de Direito, é uma
reação às atividades promovidas
pelas comunidades locais e aos setores produtivos
comprometidos com uma agenda cidadã. A ministra
participou, quarta-feira à noite, com o presidente
do Ibama, Marcus Barros, e o secretário de
Biodiversidade e Florestas do Ministério
do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco,
da reunião da Comissão Especial do
Senado que acompanha as investigações
sobre o assassinato da irmã Dorothy Stang,
em fevereiro passado, no Pará.
Segundo a ministra, "há mais de 20 anos
as comunidades locais vêm trabalhando alternativas
na Amazônia, e não só no Pará,
mostrando que é possível compatibilizar
desenvolvimento com atividades produtivas sustentáveis
. Marina Silva lembrou, também, que muitas
pessoas que atuam nos setores produtivos lidam corretamente
com os recursos naturais. Para a ministra, a situação,
que culminou com a morte da irmã Dorothy
"foi uma forma violenta de inibir o trabalho
dessas comunidades locais, de intimidar os que querem
produzir de uma forma correta, e uma afronta ao
Estado que pela primeira vez começou a fazer
um movimento de transformar em políticas
públicas essas ações".
A ministra explicou aos senadores que, no dia do
assassinato, ela estava a cerca de 300 quilômetros
de Anapu, em uma assembléia com 1.500 famílias,
na Reserva Verde para Sempre, criada em dezembro
passado, onde anunciava a liberação
de R$ 20 milhões para investimento em infra-estrutura
para exploração sustentável
dos recursos florestais.
Marina Silva disse que o ministério está
trabalhando, desde o início do governo, em
programas estruturantes e com políticas integradas
com outros ministérios para combater o desmatamento
na Amazônia e promover a regularização
e o ordenamento fundiário na região.
Ela apresentou um resumo das atividades desenvolvidas
e um balanço dos resultados obtidos pelo
Ibama nos últimos dois anos com fiscalização,
multas e apreensões. Como resultado dessas
ações, de acordo com a ministra, a
expectativa é que em 2005, "de fato
se tenha uma diminuição significativa
no índice de desmatamento da Amazônia".
Os números de 2003-2004, segundo a ministra,
provavelmente ficarão entre 23 mil e 24 mil
de quilômetros quadrados, basicamente igual
ao registrado no período de 2002-2003, que
somou 23.1000 quilômetros quadrados, um crescimento
de 2% em relação ao ano anterior.
O presidente do Ibama, Marcus Barros, lembrou aos
senadores que as ações na Amazônia
estavam planejadas e em processo de implementação
desde o início do Governo. "O plano
não surgiu agora, não é reativo",
disse. Já o secretário de Biodiversidade
e Florestas do MMA, João Paulo Capobianco,
destacou que o objetivo do ministério não
é apenas reduzir o desmatamento, mas promover
o ordenamento fundiário. Ele afirmou que
a legislação ambiental brasileira,
apesar de avançada, se restringe a proteção
e defendeu a aprovação de uma lei
que incentive o uso sustentável das florestas,
como o projeto de lei de Gestão de Florestas
Públicas, enviado em fevereiro pelo presidente
da República ao Congresso Nacional. A ministra
Marina Silva também defendeu a aprovação
do projeto de lei explicou as senadores que "o
PL de Florestas dará condições
para a produção florestal legal no
País".
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom