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RETRATOS DA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2005
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A situação
detalhada do desflorestamento na Amazônia
já pode ser consultada pela internet. A possibilidade
foi aberta pelo Sistema Deter (Detecção
de Desmatamento em Tempo Real), desenvolvido pelo
Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) com apoio
do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama).
O sistema mostra os locais de desmatamentos na região
amazônica, classificados por período
observado e por faixa de área – de 25 hectares
a 5 mil hectares. Ele produz informações
imediatas sobre as regiões recém-desflorestadas
e foi desenvolvido para fornecer rapidamente aos
órgãos de controle ambiental informações
periódicas sobre eventos de desmatamento,
para que o governo possa tomar medidas de contenção.
De acordo com o Inpe, o Deter não tem como
objetivo calcular a extensão das áreas
desmatadas, função já exercida
pelo Projeto Prodes, que divulga anualmente as taxas
de desmatamento da Amazônia Legal por meio
do monitoramento por satélite.
A novidade utiliza sensores com alta freqüência
de observação para reduzir as limitações
da cobertura de nuvens, como o sensor Modis, a bordo
dos satélites Terra e Acqua, da Nasa, a agência
espacial norte-americana, e o sensor WFI, que está
no satélite brasileiro CBERS-2.
O primeiro sensor tem resolução espacial
de 250 metros e freqüência de cobertura
do Brasil de três a cinco dias. O outro sensor
tem resolução espacial de 260 metros
e freqüência de cobertura do Brasil de
cinco dias. Segundo o Inpe, mesmo com a resolução
espacial reduzida dos sensores, é possível
detectar desmatamentos recentes cuja área
seja superior a 0,25 quilômetro quadrado.
As deficiências de resolução
espacial são compensadas pela maior freqüência
de observação. Como o sistema produz
informação em tempo “quase real” sobre
as regiões onde estão ocorrendo novos
desmatamentos, a sociedade brasileira passa a dispor
de uma ferramenta inovadora de suporte à
gestão de terras na Amazônia.
Fonte: Agência Fapesp (www.agencia.fapesp.br)
Assessoria de imprensa