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GÁS DE GELADEIRA
AINDA PREOCUPA O MEIO AMBIENTE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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13/03/2005 - Apesar
das indústrias brasileiras não produzirem
mais geladeiras, ar-condicionado e até mesmo
aerosol com CFC (clorofluorcarbono) – gás
usado em refrigeração e que destrói
a camada de ozônio, ele ainda exige atenção,
porque ainda está presente nas máquinas
produzidas antes de 1999, como geladeiras.
Para evitar a liberação dos gases
dessas máquinas, o Ministério do Meio-Ambiente
está capacitando técnicos em refrigeração
para lidar com as máquinas velhas. Em parceria
com o Senai, a iniciativa está em teste em
São Paulo. No projeto, os técnicos
aprendem a não liberar o gás na atmosfera
e levá-lo para uma central de renegeração,
local onde é reciclado e pode ser usado novamente.
"É muito comum criar gelo no congelador
e, às vezes, a pessoa vai com uma faca para
tirar o gelo e acaba furando e liberando esse gás.
Outra coisa, é que se a geladeira estragar,
tomar cuidado para que o técnico que vai
consertar seja muito cuidadoso para não liberar
inultimente esse gás. Estamos treinando os
refrigeristas para que eles evitem ao máximo
liberar esse gás", afirmou o diretor
de qualidade ambiental do ministério, Rui
de Góis, em entrevista à Rádio
Nacional da Amazônia.
Solto na atmosfera, o CFC provoca buracos na camada
de ozônio – responsável por impedir
a entrada dos raios ultravioleta do sol na Terra.
A exposição excessiva a esses raios
pode causar câncer de pele, glaucoma, e afeta
diversos animais e plantas.
Segundo Góis, a idéia é capacitar
35 mil profissionais nos próximos anos. Ele
informou que o ministério está também
buscando soluções para quem vive em
comunidades onde não existem técnicos
em refrigeração. "Quem tem uma
geladeira num lugar que não tem centro de
manutenção próximo, é
muito difícil ter um mecânico que vá
até lá, traga um cilindro para carregar
o gás e injetar o gás novo dentro
da geladeira", explicou o diretor.
Em 1987, diversos países, por meio do Tratado
de Montreal, firmaram o compromisso de substituir
os gases CFC pelo HFC (hidrofluorcarbono), que não
agridem a camada de ozônio.
Góis aproveitou para lembrar os cuidados
que a população deve ter com a exposição
ao sol no período das 10h ás 16h,
como o uso de bonés, camisetas e óculos
escuros. "Hoje é uma questão
de saúde pública, temos que estar
tomando cuidados, porque o câncer de pele
virou uma ameaça concreta", destacou.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Carolina Pimentel