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MOVIMENTO QUER PARTICIPAÇÃO
POPULAR NA DECISÃO DE CONSTRUIR GRANDES
BARRAGENS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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14/03/2005 - Três
focos de mobilização contra a construção
de usinas hidrelétricas deram origem ao Movimento
Nacional dos Atingidos por Barragem (MAB) no início
da década de 70. As populações
deslocadas de seus territórios faziam protestos
e exigiam do governo indenizações
e políticas de assentamento. Em abril de
1989, foi realizado o 1º Encontro Nacional
de Trabalhadores Atingidos por Barragens e, dois
anos depois, eles criaram o MAB com o objetivo de
organizar ações contra a construção
de grandes barragens.
Hoje, o MAB propõe a elaboração
de uma nova política energética para
o país e o desenvolvimento de formas alternativas
de energia. O movimento defende a participação
da população nas decisões sobre
a construção da barragem, o destino
das famílias deslocadas e os impactos ao
meio ambiente. A entidade também pede alterações
no setor elétrico para acabar com desperdícios
e garantir acesso à energia para as famílias
atingidas por barragens.
O dia 14 de março foi instituído em
1997 como o Dia Nacional de Luta Contra as Barragens.
No mesmo ano foi criada na Suíça,
a Comissão Mundial de Barragens (CMB), formada
por representantes de organizações
não-governamentais, movimentos sociais, empresas
construtoras de barragens, entidades de financiamento
e governos. A comissão estuda os impactos
da construção de barragens no mundo.
Em 2004, por exemplo, foram realizadas ações
contra barragens em pelo menos 26 países.
Segundo a comissão, um milhão de brasileiros
já foram retirados de suas terras pela construção
de hidrelétricas no país. Caso sejam
construídas as 494 usinas previstas até
2015, estima-se que mais 800 mil pessoas terão
que sair de seus territórios.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)