 |
MONITORAMENTO DA ÁGUA
DO RIO PARAÍBA
DO SUL SERÁ FEITO COM SATÉLITES
DO INPE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
|
 |
24/03/2005 A primeira
estação da Rede Piloto de Plataformas
Hidrológicas de Coletas de Dados da Bacia
Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul
será inaugurada no próximo dia 29,
na empresa Maxion Sistemas Automotivos, em Cruzeiro
(SP). A rede será a primeira do rio Paraíba
operada com satélites – os modelos SCD-1
e 2 e CBERS-2 - desenvolvidos pelo Instituto Nacional
de Pesquisa Espacial (Inpe/MCT), permitindo que
as entidades parceiras no projeto recebam dados
em tempo quase real, a cada 100 minutos.
A inauguração, na terça-feira,
começará às 9h e contará
com a presença de autoridades políticas
da região e das instituições
e empresas envolvidas no projeto. O evento será
realizado na Maxion, localizada à rua Dr.
Othon Barcellos, 83, Centro.
Participam da iniciativa o Comitê de Bacias
Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul,
a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
(Cetesb), o Departamento de Água, Energia
e Esgotos (DAEE), ambas do governo do estado, o
Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), órgão vinculado ao Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT), e empresas
do Vale do Paraíba.
A rede de estações hidrológicas
será composta por sete unidades, que ficarão
instaladas ao longo do trecho paulista do rio Paraíba.
Além da estação de Cruzeiro,
as outras seis Plataformas de Coleta de Dados (PCDs)
ficarão situadas em Queluz (SP), no ponto
de captação de água da BASF,
em Guaratinguetá, da Sabesp, em Pindamonhangaba,
da Petrobrás, em São José dos
Campos, e nas captações da Cervejaria
Kaiser Brasil, em Jacareí e em Santa Branca.
As PCDs serão dotadas de sensores que irão
medir um conjunto de sete parâmetros, que
irá indicar poluição de natureza
química e orgânica. Serão medidos
oxigênio dissolvido, condutividade, pH, temperatura,
salinidade, turbidez das águas, além
do nível do rio, que indica indiretamente
a pluviosidade e o volume das vazões.
As aplicações
O monitoramento das
águas do rio Paraíba deverá
oferecer subsídios a órgãos
envolvidos na ocorrência de eventos extremos
de poluição e enchentes e funcionar
como um sistema de alerta no caso de acidentes com
cargas perigosas. Outra vantagem do monitoramento
é a coleta noturna dos dados. Será
possível conhecer o comportamento do rio
no período noturno, quando diminui a atividade
industrial no Vale, e até detectar lançamentos
clandestinos que poderiam ser feitos à noite.
A rede do Rio Paraíba do Sul irá ampliar
a atual rede meteorológica e hidrológica
do Inpe(www.cptec.inpe.br/pcds), que conta com centenas
de PCD´s distribuídas pelo território
brasileiro, com algumas unidades em países
vizinhos. A rede do Paraíba do Sul deverá
subsidiar pesquisas coordenadas pelo Inpe na área
hidrológica e de meio ambiente, como a do
programa de Monitoramento Ambiental do Eixo-Rio
São Paulo (MARSP) – (www.cptec.inpe.br/marsp),
da Divisão de Clima e Meio Ambiente do CPTEC.
O MARSP reúne uma série de projetos
científicos, baseados em estudos interdisciplinares
da região do Vale do Paraíba, região
Serrana e Litoral Norte. O programa abrange sistemas
de monitoramento e estimula os avanços científicos
e tecnológicos que possam contribuir para
a solução de problemas ambientais
da região. Outro interesse do CPTEC na rede
do Paraíba do Sul é a possibilidade
de se ampliar, com o uso dos dados de chuva, o conhecimento
das sazonalidades climáticas da região.
Com a ampliação de pontos monitorados
na bacia, integrando dados de qualidade e quantidade
da água, será possível gerar
séries de dados confiáveis, respaldadas
nas séries históricas da Cetesb e
do CPTEC/Inpe. A expectativa é de que os
dados da rede possam ainda fundamentar o processo
de outorga e cobrança pelo uso da água;
subsidiar o planejamento e a execução
de obras; ordenar o uso e a ocupação
do solo e oferecer subsídios a estudos hidrológicos
para projetos e obras hidráulicas e de abastecimento.
Fonte: MCT - Ministério
da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa