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PESQUISA QUER SALVAR MACACO
GUIGÓ DE EXTINÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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Aracaju (22/03/05)
- Um dos três macacos com maior risco de extinção
no continente americano, o guigó (Callicebus
coimbrai) é alvo de pesquisa coordenada pelo
Ibama. A meta é adotar medidas urgentes e
efetivas para a proteção dessa espécie
encontrada em Sergipe e no litoral norte da Bahia.
O Centro de Proteção de Primatas Brasileiros
(CPB) é vinculado ao Ibama e sua sede fica
em João Pessoa na Paraíba. Com apoio
de parceiros como a Codevasf e a universidade federal
do estado de Sergipe estão unidos numa pesquisa
investigativa sobre a espécie e as matas
onde habita. Esses dados servirão de base
para traçar estratégias para conservação
do macaco.
Segundo o gerente executivo do Ibama em Sergipe,
Marcio Macedo, os resultados conquistados nas primeiras
expedições só confirmam a situação
crítica da espécie e a importância
do trabalho em andamento para reverter esta situação.
No ano passado, cinco expedições foram
realizadas e percorridos cerca de 6.500km. "Isto
equivale a cruzar o estado em mais de 30 vezes de
norte a sul, numa verdadeira varredura atrás
das últimas populações de guigós,
informou o biólogo Leandro Jerusalinsky,
analista ambiental do Centro Primatas - CPB que
coordenou as expedições.
Durante as expedições verificou-se
a presença de grupos de guigós em
18 matas de três a 900 hectares de extensão.
Outro importante resultado alcançado foi
o mapeamento de mais 30 áreas de floresta
onde a ocorrência desse primata é considerada
certa pelos pesquisadores, ampliando o conhecimento
sobre sua distribuição que contava
com apenas 21 registros.
O macaco guigó foi descoberto apenas em 1999.
Ele mede cerca de 80cm (40 de cabeça e corpo
mais 40 de cauda), pesa pouco mais de 1 kg, e vive
em pequenos grupos familiares de até seis
indivíduos. "É encontrado em
pequenas porções de mata nativa que
restaram entre os canaviais e as pastagens, dentro
de uma região limitada à zona da mata
de Sergipe e ao litoral norte da Bahia", diz
Jerusalinsky. Na mata atlântica, seu ambiente
natural, o guigó é o segundo macaco
na lista dos mais ameaçados, à frente,
por exemplo, dos micos-leões.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Aldo Sergio Vasconcelos)