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AVALIAÇÃO
ECOSSISTÊMICA DO MILÊNIO ESTÁ
SENDO APRESENTADO EM TODO O PLANETA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2005
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30/03/2005 Depois
de quatro anos de trabalho, a Avaliação
Ecossistêmica do Milênio – AM, que constitui
o mais completo diagnóstico dos ecossistemas
do planeta, vai ser apresentado nesta quarta-feira
(30/3), às 10,30 horas, no auditório
da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São
Francisco – CODEVASF, em Brasília, com a
presença da ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva.
A secretária-adjunta do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, Suani Coelho, e a diretora-geral
do Instituto Florestal, Maria Cecília Wey
de Brito, também estarão presentes
na solenidade, ao lado de representantes da ONU,
do setor privado e de organizações
não-governamentais.
O relatório estará sendo apresentando
no mesmo dia pelo secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, em Nova York, e em cerca de dez capitais
do mundo, incluindo Londres, Washington, Nova Délhi,
Pequim e Roma.
A AM tem a finalidade de avaliar as conseqüências
das mudanças nos ecossistemas sobre o bem-estar
do homem e estabelecer uma base científica
para fundamentar as ações necessárias
para a conservação e o uso sustentável
dos recursos naturais do planeta. O documento tem
dez mil páginas contendo uma minuciosa avaliação
desenvolvida por cerca de dois mil cientistas de
todo o mundo acerca dos impactos causados pelas
atividades econômicas e sociais.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado - SMA, em
parceria com a própria secretaria da Avaliação
do Milênio e do CEBDS – Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável,
vai realizar no dia 1º de abril um seminário
internacional para debater os resultados da AM.
O evento, que será aberto ao público,
ocorrerá no auditório do IPEN, na
Cidade Universitária, a partir
das 8:30 h.
O seminário contará com palestras
de vários cientistas internacionais que fizeram
parte do processo da Avaliação Ecossistêmica
do Milênio, além do secretário
do Meio Ambiente, professor José Goldemberg,
de representantes do setor privado e da comunidade
científica, que inicia neste ano estudo semelhante
para o Cinturão Verde de São Paulo,
incluído entre as 33 regiões do planeta
onde serão implementadas as avaliações
subglobais.
Essas avaliações subglobais são
parte integrante da AM, para entender como as alterações
dos ecossistemas e de seus serviços ocorrem
em escalas menores do planeta, detalhando a complexidade
ecológica, social e institucional de vilas,
cidades ou bacias hidrográficas. Nesse sentido,
o Instituto Florestal, órgão da Secretaria
do Meio Ambiente, propôs em 2002 ao Conselho
da Avaliação do Milênio que
uma avaliação subglobal fosse realizada
na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde
da Cidade de São Paulo – RBCV, abrange 73
municípios, incluindo as regiões metropolitanas
de São Paulo e da Baixada Santista.
A área abriga mais de 600 mil hectares de
florestas, várias unidades de conservação
(com destaque aos parques da Cantareira e da Serra
do Mar), 23 milhões de pessoas e praticamente
toda a água que abastece essas regiões.
Na região, são produzidos cerca de
20% do PIB nacional.
O Instituto Florestal entendeu que a metodologia
da Avaliação do Milênio, aplicada
à região, traria uma enorme contribuição
ao entendimento de como funciona o metabolismo da
Reserva da Biosfera e como os serviços ambientais
do Cinturão Verde são essenciais à
vida de mais de 10% da população do
Brasil.
Além da enorme biodiversidade das áreas
de mata atlântica e da água que conserva,
o Cinturão Verde é responsável
por inúmeros outros serviços ambientais,
como regulação climática, controle
e amenização de enchentes, produção
de alimentos e madeira, seqüestro de CO2, estética
e turismo.
A Avaliação Subglobal da Reserva da
Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São
Paulo foi formalmente aprovada pela AM em janeiro
deste ano, sendo a única avaliação
no Brasil e uma das 5 na América do Sul.
Tal aprovação decorreu após
um processo de 2 anos, período em que o Instituto
Florestal coordenou um pré-diagnóstico
dos serviços ambientais do Cinturão
Verde, suas principais ameaças e importância
para o bem-estar na região. Esse pré-diagnóstico
envolveu vários atores relevantes da Reserva
da Biosfera e cientistas da USP, UNICAMP, UNESP,
Universidade Guarulhos, Instituto de Economia Agrícola,
Instituto de Botânica, Instituto Geológico,
Instituto de Pesca e Instituto Internacional de
Ecologia.
A avaliação propriamente dita começará
neste ano e deverá concluir-se em 2007.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa