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CÂMARA DEBATE GESTÃO
DE FLORESTAS PÚBLICAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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28/03/2005 A Câmara
vai realizar nesta quarta-feira (30) um seminário
para discutir o Projeto de Gestão de Florestas
Públicas (PL 4776/05), de autoria do Executivo.
O evento é promovido pelas comissões
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
e da Amazônia, Integração Nacional
e de Desenvolvimento Regional.
Além de parlamentares, participarão
do Seminário a ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva; o governador do Acre, Jorge Viana;
o Diretor do Programa Nacional de Florestas do Ministério
do Meio Ambiente, Tasso Azevedo; técnicos
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), representantes
de organizações não-governamentais
e produtores florestais.
A proposta, que faz parte do Pacote Verde encaminhado
pelo Executivo no início do ano legislativo,
trouxe à tona o debate sobre a reformulação
do Código Florestal, de 1965. O ponto mais
polêmico é a definição
de critérios para a gestão sustentável
de florestas públicas federais, estaduais
e municipais. O PL modifica ainda a estrutura do
Ibama, ao criar o Serviço Florestal Brasileiro
e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.
Críticas
Os parlamentares
das duas comissões que promovem o seminário
fazem várias críticas ao projeto.
A primeira é que a Comissão da Amazônia
foi excluída pelo Executivo do rol daquelas
que indicariam parlamentares para a comissão
especial destinada a discutir o assunto. A inclusão
havia sido requerida pelo deputado Asdrubal Bentes
(PMDB-PA). Ele argumentou que a Amazônia possui
os maiores recursos florestais e sobre ela estão
sendo criadas as maiores áreas de floresta
pública no País. Portanto, "não
se pode conceber que a comissão responsável
pelos interesses da Amazônia fique alijada
dessa discussão", explicou.
Outra crítica refere-se ao regime de urgência
na proposição do Executivo. Deputados
como Zico Bronzeado (PT-AC), Babá (sem partido-PA),
Miguel de Souza (PL-RO) e Dr. Rodolfo Pereira (PDT-RR)
afirmam que a urgência impede que o debate
seja aprofundado.
A presidente da Comissão da Amazônia,
deputada Maria Helena (PPS-RO), diz que entende
o propósito do Governo, que quer dar fim
à grilagem na região. "No entanto,
é preciso mais tempo para discutir a matéria",
reitera. "O assunto é muito relevante
para ser resolvido tão apressadamente",
complementa a parlamentar.
Se o regime de urgência não for retirado,
o projeto passará a trancar a pauta da Câmara
a partir do dia 7 de abril.
Fonte: Agência Câmara
(www.agenciacamara.gov.br)
Assessoria de imprensa (Antonio Barros e Francisco
Brandão)