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NOVA REDE DE MONITORAMENTO
DAS ÁGUAS DO RIO PARAÍBA SUL
COMPLEMENTA DADOS DA CETESB
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2005
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31/03/2005 O monitoramento do trecho paulista
do Rio Paraíba do Sul tem, desde o
último dia 29 de março, o reforço
de um sistema telemétrico, com transmissão
de dados via satélite, que vai gerar
dados sobre a qualidade e quantidade de água
a cada 100 minutos. Nessa data, às
9 horas, foi inaugurada a primeira das sete
estações previstas no projeto
da Rede Piloto de Plataformas Hidrológicas
de Coleta de Dados da Bacia Hidrográfica
do Rio Paraíba do Sul, que tem a participação
da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental, que já mantém 16
pontos de amostragem na bacia, sendo doze
no próprio rio. |
Cetesb
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O
engenheiro Otávio Okano, diretor de
Controle da Poluição Ambiental
da CETESB, esteve presente na solenidade de
inauguração, ao lado dos representantes
das outras instituições participantes,
que são o Comitê de Bacias Hidrográficas
do Rio Paraíba do Sul - CBH-OS, DAEE
- Departamento de Águas e Energia Elétrica,
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
e empresas privadas da região. A primeira
estação está instalada
nas dependências da Maxion Sistemas
Automotivos Ltda., situada na Rua |
Cetesb
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Dr. Othon
Barcellos, 83, no Município de Cruzeiro.
O diretor da CETESB se congratulou com os representantes
das entidades que participam do projeto, lembrando
que a parceria entre os órgãos governamentais
e a iniciativa privada “é extremamente salutar,
resultando em benefícios para a toda a comunidade”.
Na opinião de Okano, os dados gerados pela
Rede de Plataformas Hidrológicas, somados
aos da CETESB, contribuirão para o aperfeiçoamento
da gestão do Rio Paraíba do Sul.
O sistema operacional
A rede utiliza os satélites
do INPE da série SCD - Satélite de
Coleta de Dados que retransmitem as informações
coletadas nas Plataformas de Coleta de Dados - PCDs,
distribuídas ao longo do rio, para as estações
receptoras de Cuiabá, no Mato Grosso, ou
Alcântara, no Maranhão. Esses dados
são enviados ao Centro de Previsão
do Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, em
Cachoeira Paulista, para processamento, armazenamento
e disseminação para os usuários,
em no máximo 30 minutos após a recepção.
Cetesb
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As
PCDs hidrológicas são dotadas
de um conjunto de sensores de qualidade e
nível da água que opera automaticamente,
medindo os parâmetros que indicam a
ocorrência de poluição
de natureza química e orgânica
no rio, tais como oxigênio dissolvido,
condutividade, pH, temperatura da água,
salinidade e turbidez, além de proceder
à medição do nível
da água, que permite obter o volume
das vazões e precipitações
pluviométricas. Os dados de chuva permitirão
ainda o conhecimento das sazonalidades climáticas
da região. A PCD hidrológica
de Cruzeiro, que será inaugurada no
dia 29, está localizada na captação
da Maxion. |
Cetesb
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As outras seis
PCDs vão operar na ponte da cidade de Queluz,
na captação da BASF S.A., em Guaratinguetá,
na captação da SABESP, em Pindamonhangaba,
na captação da Petrobras, em São
José dos Campos, na captação
da Cervejaria Kaiser Brasil, em Jacareí,
e na captação da Prefeitura de Santa
Branca.
Os principais objetivos da rede de monitoramento
ao longo do Rio Paraíba do Sul são:
aumentar o número de pontos monitorados na
bacia, integrando dados de qualidade e quantidade
da água; adquirir dados em tempo real permitindo
gerar séries confiáveis respaldadas
na série de dados histórica da CETESB
e do INPE-CPTEC; acompanhar eventos extremos de
poluição e enchentes para alertar
os órgãos competentes para a mobilização
da população passível de ser
atingida; fundamentar o processo de outorga e cobrança
pelo uso da água; e subsidiar o planejamento
e a execução de obras, ordenar o uso
e ocupação do solo e desenvolver estudos
hidrológicos para projetos de obras hidráulicas
e de abastecimento.
“A CETESB terá muitos ganhos com a implantação
dessa rede. Por exemplo, a rede pode funcionar como
um sistema de alerta no caso de um acidente com
cargas perigosas, pois a estação capta
qualquer alteração na qualidade da
água permitindo alertar os responsáveis
por sistemas de captação a jusante
para que medidas preventivas sejam tomadas”, disse
Benedito Jorge dos Reis, presidente da CBH-OS.
“Outro ganho é que a rede complementa as
informações das coletas da CETESB,
que são bimestrais, sendo realizadas no período
diurno. Com o novo sistema, será possível
conhecer o comportamento do rio no período
noturno e nos horários em que a atividade
industrial diminui, além de permitir até
mesmo detectar lançamentos clandestinos que
geralmente são feitos à noite”, completou.
Para o INPE, a rede de PCDs hidrológicos
do Rio Paraíba do Sul, além de ser
mais uma aplicação para o seu sistema
de coleta de dados via satélite SCD, irá
subsidiar pesquisas na área hidrológica
e de meio ambiente, favorecendo principalmente a
Divisão de Meio Ambiente da CPTEC, que irá
dispor de uma base de dados de qualidade da água.
Segundo o engenheiro Flávio de Carvalho Magina,
da Divisão de Meio Ambiente do CPTEC, os
engenheiros e pesquisadores do INPE terão
a oportunidade de apreciar o “estado da arte” em
tecnologia de monitoramento automático da
qualidade da água, o que permitirá
o desenvolvimento e aperfeiçoamento de rotinas
e técnicas de calibração e
operação de redes de coletas de dados
com sensores de qualidade da água.
Fonte: Cetesb – agência
ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renata Egydio)
Fotos: Cetesb
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