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RESOLUÇÃO
PODE ORIENTAR SEPARAÇÃO E
TRATAMENTO DE LIXO HOSPITALAR
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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29/03/2005 – O Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama), discutiu hoje
(29) a revisão da resolução
283/01, que trata do gerenciamento dos resíduos
de serviços de saúde. O novo texto
reduz a quantidade de resíduos de saúde
que devem ser tratados antes de serem depositados
em aterros sanitários.
De acordo com o médico Luiz Carlos Fonseca,
assessor técnico de Ministério da
Saúde, a partir da resolução,
uma classificação vai orientar a forma
de separar e tratar cada tipo de resíduo.
"Quanto mais rápido separar o resíduo,
menor risco representa para a comunidade, para a
saúde individual e coletiva", disse.
"O resíduo quimioterápico tem
ação direta na pele e quando em contato
pode queimar. Então, deve ser descartado
em lugar devido e acondicionado corretamente. A
mesma coisa acontece com os líquido do Raio
X, que se forem soltos na natureza do jeito que
estão nas máquinas de processamento,
podem contaminar o meio ambiente. São esses
cuidados que a gente quer que todo mundo tenha a
partir de agora."
Segundo o secretário executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Cláudio Langone, o Brasil
ainda possui problemas na disposição
do material contaminado dos serviços de saúde.
A idéia, com a resolução, é
separar a maior parte do lixo contaminado do lixo
comum, reduzindo assim o volume a ser tratado e
diminuindo, além do risco para a saúde,
o custo na destinação final. "A
maior parte dos resíduos contaminados que
saem desses estabelecimentos não precisam
estar contaminados porque podem ser separados do
lixo comum. A destinação final dos
resíduos de saúde é muito cara,
porque tem que ser feita ou em valas sépticas
especiais ou através de tratamento térmico,
incineração ou choque térmico,
para imunizar e neutralizar os eventuais organismos
contaminantes."
A resolução estabelece uma norma geral
que poderá ainda ser complementada por estados
e municípios, com uma legislação
mais rigorosa, conforme as necessidades locais.
Langone acredita na aprovação da resolução,
tendo em vista o processo de negociação
que foi realizado com os diferentes setores da sociedade
civil.
Outra resolução a ser votada nesta
terça-feira é a que estabelece metas
para a redução da quantidade de fósforo
existe no sabão em pó. Com isso, a
idéia é reduzir a quantidade do poluente
que é lançado nos rios, reservatórios,
lagos e lagoas, evitando a morte de peixes e de
toda vida marinha nesses ambientes. "Com o
lançamento desses produtos que utilizam grande
quantidade de fósforo, ocorre excesso de
nutrientes na água, facilitando a proliferação
de algas que acabam com o oxigênio provocando
a morte de peixes e da vida aguática nos
cursos d´água", explica Rodrigo
Agostinho, da ONG Instituto Vidágua.
Fonte: Agência Brasil - Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Keite Camacho