 |
SAIBA MAIS SOBRE A MP DO
BIODIESEL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
|
 |
31/03/2005 - O relator-revisor
do projeto proveniente da Medida Provisória
(MP 227/04), senador Edison Lobão (PFL-MA),
ainda trabalha o relatório que será
apresentado na próxima terça-feira
(5). Na segunda-feira (4), lideranças e senadores
envolvidos com o tema reúnem-se para novas
discussões e acertos. A MP do biodiesel,
como é conhecida, está sobrestando
a pauta no Plenário.
Alterações
Uma das preocupações
de parte dos parlamentares é reservar, para
as regiões de menor Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), 50% da produção de biodiesel
nacional. "Essa é uma reivindicação
razoável e justa", argumenta o relator,
que quer garantia real do presidente da República,
Luiz Inácio Lula da Silva, de que a lei se
transformará em benefício para os
produtores do país inteiro, especialmente
aos que estão no Nordeste.
Lobão disse que estão sendo tomados
todos os cuidados para que a região não
seja prejudicada. Um problema levantado, segundo
o senador, é a exigência da MP de que
haja registro especial, na Secretaria da Receita
Federal, para a produção do biodiesel.
- Os senadores pedem a dispensa desse registro,
muito complicado do ponto de vista da burocracia,
por pelo menos seis meses, até o início
do funcionamento da usina produtiva -disse.
Outra reivindicação é retirar
da MP a obrigatoriedade de que haja um medidor de
saída do produto acabado. Na hipótese
de defeito desse controlador, a produção
deve ser suspensa, conforme o texto. Para Lobão,
"isso é uma exigência anti-produção".
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) se diz favorável
à MP do biodiesel, mas com alterações.
"Com relação à tributação,
o biodiesel acaba sendo mais caro que o óleo
mineral", argumentou. Para o senador, é
preciso haver mais incentivos e tecnologias voltados
à produção, especialmente nas
áreas mais carentes.
Contribuições
Os pequenos produtores
do Norte, Nordeste e Semi-Árido estarão
isentos do recolhimento para o PIS/Pasep e Contribuição
Social para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins). Nos demais casos, essas contribuições
incidirão, uma única vez, sobre a
receita bruta auferida pelo produtor ou importador
com a venda do biodiesel, sendo as alíquotas
de 6,15% para PIS/Pasep e 28,32% para Cofins. Mas
os produtores e importadores poderão optar,
ainda, pelo regime especial de apuração,
com valores fixos por metro cúbico.
A MP estabelece que as alíquotas poderão
ter coeficientes de redução diferenciados
em razão da matéria-prima utilizadas,
do produtor-vendedor e da região de produção.
É o caso da mamona produzida na Região
Nordeste por agricultores familiares, ou de cooperativas
agropecuárias, definidos no Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
O Executivo terá a prerrogativa de alterar
esse os coeficientes.
Também começam
a ser discutidas no Senado emendas apresentadas
na Câmara à MP, mas que acabaram sendo
rejeitadas. São propostas que prevêem
a concessão de incentivos para toda a produção
de biodiesel e a suspensão da cobrança
de impostos para álcool produzido por pessoas
físicas.
Isenção
A MP do biodiesel
também trata da isenção de
impostos incidentes na importação
de equipamentos e materiais destinados ao treinamento
de atletas e às competições
desportivas, relacionados com a preparação
das equipes brasileiras para os jogos olímpicos,
paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos
e mundiais.
A isenção dos impostos de Importação
(II) e sobre Produtos Industrializados (IPI), válidos
até dezembro de 2007, aplicam-se a equipamentos
ou materiais sem similares nacionais. No caso do
IPI, a isenção atinge aos que são
fabricados no Brasil.
A Câmara inseriu na MP novas regras para o
saldo credor da contribuição do PIS/Pasep
e da Cofins, regras que começam a ser questionadas
por alguns senadores, já que poderiam não
estar beneficiando as cooperativas.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa