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ATO PÚBLICO EM SP
MANTÉM DISCUSSÃO SOBRE ASSASSINATO
DA MISSIONÁRIA DOROTHY STANG
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2005
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06/04/2005 - O ato
público realizado na noite desta quarta-feira,
no Teatro Tuca, pretende manter em discussão
o caso do assassinato da missionária Dorothy
Stang e garantir que o fato "não seja
acobertado com o tempo". A avaliação
foi feita pelo secretário da Associação
dos Professores da Pontifícia Universidade
Católica (PUC-SP), Werson Martins de Oliveira,
que organiza o encontro.
O objetivo do encontro, ainda segundo Oliveira,
é proteger outras pessoas que estão
ameaçadas de morte e "fazer a defesa"
do projeto que prevê o desenvolvimento de
forma sustentável na região de Anapu,
no Pará. Ele disse entender que o assassinato
da freira resultou de uma "encomenda mais ampla"
e defendeu a apuração da participação
de outros possíveis mandantes ou interessados
na morte de Stang. Oliveira lembrou que pessoas
próximas à missionário já
manifestaram a crença de que existe um "consórcio"
de grileiros, madeireiros e fazendeiros que "encomendaram"
o assassinato.
O ato público, explicou, representa o início
de uma campanha nacional que pretende elaborar documento
a ser enviado ao governo federal, contendo reivindicações
como a punição de todos os responsáveis
pela morte da missionária e a defesa do projeto
de assentamento liderado por ela naquela região
do Pará.
O padre Amaro Lopes de Souza, coordenador da Comissão
Pastoral da Terra em Anapu, informou que está
recebendo ameaças de morte, como outras pessoas
envolvidas com os trabalhadores rurais. E declarou
que a sensação de segurança
só será possível a partir da
identificação e punição
dos responsáveis pelos crimes na região.
De acordo com o padre, o trabalho de assentamento
de famílias na região continua, "para
que as pessoas tenham o direito de trabalhar a terra".
Ele acrescentou: "Apesar do assassinato covarde
da missionária, não vamos recuar."
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Arthur Braga