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EMBRAPA DISCUTE OS INVESTIMENTOS
ESTRANGEIROS NAS PESQUISAS NA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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(06/04/2005) A cooperação
internacional no desenvolvimento de pesquisas na
Amazônia é o tema de uma discussão
que a Embrapa Amazônia Oriental, unidade da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, promoveu dia 1º
de março, na sede da instituição,
em Belém.
Atualmente, a empresa mantém acordos bilaterais,
multilaterais, iniciativas de suporte ao desenvolvimento
local e outras modalidades de parceria técnico-científica
com países da Comunidade Européia,
Ásia e América, através de
órgãos governamentais, Organizações
não Governamentais (ONGs), universidades
e fundações.
Em 2004, por exemplo, o Departamento para o Desenvolvimento
Internacional, do Governo Britânico – DFID,
investiu em um dos projetos coordenados pela Embrapa
de Belém, um milhão e trezentos mil
reais para capacitar técnicos de diferentes
níveis, desenvolver pesquisas e equipar laboratórios.
No total, foram mais de quatro milhões de
reais investidos pelos vários parceiros internacionais
em projetos com a instituição.
De acordo com pesquisador Milton Kanashiro, pesquisador
da instituição e responsável
pela articulação internacional, a
proposta do evento é discutir com pesquisadores
e envolvidos nos projetos financiados pelo capital
estrangeiro, o caráter de cada convênio,
buscando esclarecimentos sobre a prioridade das
intenções e investimentos sugeridos
por eles e quais os acatados pela Embrapa segundo
seus princípios de atuação.
Outro exemplo é o Projeto Tipitamba, que
durante oito anos se sustentou com os recursos do
Ministério da Ciência e Tecnologia
da Alemanha e com o apoio nacional do CNPq, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico, na procura de balancear o número
de estudantes brasileiros com o de alemães
envolvidos na pesquisa sobre a função
da capoeira na agropecuária do nordeste do
Pará. Atualmente, o projeto ampliou suas
parcerias e consequentemente o seu modo de atuação.
Entre os diversos parceiros da Embrapa Amazônia
Oriental estão ainda o Centro Internacional
de Pesquisa Florestal (Cifor), com sede na Indonésia,
o Centro de Cooperação Internacional
de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento
(Cirad), na França e a Agência de Cooperação
Internacional do Japão (Jica). Esta última
é um dos mais antigos parceiros, que ainda
na década de 60 iniciou cooperação
com a instituição.
Um trabalho que merece destaque é a Iniciativa
Amazônica, um consórcio que reúne
seis países amazônicos através
de suas mais renomadas instituições
de pesquisa. Mais de 100 pesquisadores já
foram indicados pelas instituições
participantes.
A intenção é estabelecer programas
colaborativos de pesquisa com a participação
de organizações da sociedade civil
da Amazônia e assim tentar compreender melhor
as interfaces que existem entre degradação
dos recursos naturais e pobreza e ainda subsidiar
a elaboração de políticas públicas
de fato realistas voltadas à preservação,
redução e recuperação
das áreas degradadas.
A Iniciativa Amazônica tem hoje como instituição
coordenadora atual a Embrapa, cabendo ao Programa
Cooperativo de Pesquisa e Transferência de
Tecnologia para os Trópicos Sul- americanos
(IICA/Procitrópicos) a gestão administrativa
e legal do projeto.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Ana Laura Lima)