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JUSTIÇA PODE PRORROGAR
PRISÃO TEMPORÁRIA DO QUINTO
ACUSADO PELA MORTE DE DOROTHY STANG
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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08/04/2005 - A Justiça
estadual do Pará poderá prorrogar
por mais 30 dias a prisão temporária
do pecuarista Regivaldo Pereira Galvão, o
quinto acusado de envolvimento no assassinato da
missionária americana Dorothy Stang, no dia
12 de fevereiro, em Anapu (PA). O fazendeiro, conhecido
como Taradão, foi preso nesta quinta-feira
(7), após prestar depoimento à Polícia
Federal, em Belém. "A prisão
temporária dele foi decretada pelo período
de 30 dias, mas é renovável por mais
30 dias, caso haja necessidade", explicou o
promotor Lauro Freitas Júnior, que pediu
a prisão do pecuarista.
Segundo o promotor, Galvão seria o segundo
mandante do crime. Ele e o fazendeiro Vitalmiro
Bastos de Moura (o "Bida") - que estava
foragido e se entregou a Polícia Federal
no final de março - teriam encomendado o
assassinato da freira e iriam pagar R$ 50 mil aos
pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo
Carlos Batista. Assim como os dois mandantes, os
dois executores e o suposto intermediário
do crime, Amair Feijoli da Cunha, também
estão presos.
Segundo Freitas Júnior, o juiz da comarca
de Pacajá, Lucas do Carmo de Jesus, decretou
a prisão de Regivaldo Pereira Galvão
na última terça-feira (5). De acordo
com o promotor, a denúncia de que o pecuarista
também estaria envolvido no crime foi checada
pelo Grupo de Prevenção e Combate
ao Crime Organizado do Ministério Público
do Estado do Pará. "A informação
tinha veracidade, e diante desses dados, o Ministério
Público convocou a Polícia Civil e
a Polícia Federal para que fizessem diligências
nesse sentido", contou. "Novamente foram
checadas as informações e diante disso,
o Ministério Público, a Polícia
Civil e a Polícia Federal acharam por bem
requerer a prisão temporária do Regivaldo",
explicou.
Por se tratar de uma "informação
mantida sob sigilo", o promotor preferiu não
revelar qual a fonte da denúncia contra o
pecuarista. Para ele, ainda é cedo para afirmar
que outras pessoas teriam participado do consórcio
para financiar o assassinato da freira. "Por
enquanto, os fatos que podemos, digamos assim, comprovar
é o envolvimento dessas cinco pessoas: os
dois executores, o suposto intermediário
e os dois mandantes que seriam os financiadores
da execução".
"O Ministério Público já
se encontra, não digo satisfeito, mas chegou
até onde não esperava chegar, em mais
um nome", acrescentou Freitas Júnior
que, num primeiro momento, chegou a descartar a
possibilidade de participação de Galvão
no consórcio. "Não tínhamos
ainda fatos que pudessem afirmar o que hoje o Ministério
Público afirma. Temos que ter a cautela para
não ficar divulgando informações
que não tenham veracidade, a gente aguarda
que venha o fato para, a partir daí, poder
divulgá-lo com mais segurança",
justificou.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Juliana Andrade