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RECURSOS PARA SAÚDE
INDÍGENA AUMENTARAM 31,2% ENTRE 2003
E 2004, DIZ FUNASA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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07/04/2005 – Os recursos
aplicados pela Fundação Nacional de
Saúde no custeio da saúde indígena
tiveram aumento de 31,2% entre 2003 e 2004, passando
de R$ 132,7 milhões para R$ 174,2 milhões
– acrescidos de R$ 76,3 milhões do Ministério
da Saúde. Os números foram divulgados
hoje pelo diretor do Departamento de Saúde
Indígena da Funasa, Alexandre Padilha, em
relatório à Comissão de Direitos
Humanos do Senado.
A ida de Padilha à comissão foi motivada
pelas recentes mortes divulgadas pela imprensa de
crianças indígenas guarani-kaiowá,
do Mato Grosso do Sul. Em relação
a esse grupo, em especial, Padilha lembrou que o
problema da falta de terras é que é
determinante para a solução definitiva
dos problemas de saúde. Apesar disso, ele
destacou as ações emergenciais deflagradas
pela Funasa na região para evitar novas mortes.
"Em janeiro, 534 crianças estavam em
risco nutricional entre os índios de Dourados.
Acompanhamos permanentemente a situação
e, na primeira reavaliação, em fevereiro,
26% dessas crianças já tiveram avaliação
melhor", afirmou ele, segundo a Agência
Senado.
No relatório apresentado por Padilha, a Funasa
nega que tenha havido redução nos
repasses a entidades conveniadas que operacionalizam
as ações de saúde indígena.
"Diferentemente do que foi divulgado pela imprensa,
não houve redução do repasse
aos convênios de 2003 para 2004. Em 2003,
conforme informado em nota da Funasa, foram repassados
R$ 116 milhões para as conveniadas e, em
2004, foram repassados 124,6 milhões",
diz o relatório.
"Neste mesmo período, a Funasa ampliou
a execução direta das ações,
assumindo várias atribuições
que anteriormente eram repassadas às conveniadas",
lembra ainda o documento. O relatório também
justifica o gasto de R$ 30 milhões com o
deslocamento das equipes de saúde: "Os
34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas
atendidos pelas equipes de saúde indígena
são em sua grande maioria áreas de
difícil acesso e de baixa densidade populacional,
como a Amazônia Legal onde estão 55
% da população indígena. Por
isso o deslocamento das equipes de saúde
é fundamental para garantir a assistência
à saúde nas aldeias, bem como o deslocamento
de pacientes para áreas de referência
de média e alta complexidade".
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Spensy Pimentel e Marília Santos