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GUARANTÃ DO NORTE
E ALTAMIRA DEBATEM PLANO BR-163 SUSTENTÁVEL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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13/04/2005 O Plano
BR-163 Sustentável será discutido
na sexta-feira e no sábado nos municípios
de Guarantã do Norte, em Mato Grosso, e Altamira,
no Pará. Na próxima semana, nos dias
18 e 19, será a vez das comunidades de Novo
Progresso (MT) e São Félix do Xingu
(PA) participarem da 2ª rodada de consultas
públicas sobre o plano de desenvolvimento
sustentável para a área de influência
da rodovia Cuiabá-Santarém. A última
consulta está prevista para os dias 27 e
28, em Santarém (PA). Veja quadro.
De acordo com a secretária de Coordenação
da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente,
Muriel Saragoussi, o processo de debate sobre o
plano da BR-163 é inédito, porque
tanto o governo quanto a sociedade buscam o diálogo
para negociações de conflitos. A idéia
é de que até o final de maio o plano
esteja em funcionamento", informou a secretária
que coordena amanhã e depois a consulta pública
em Altamira.
O Plano BR-163 Sustentável está baseado
na premissa de que é possível conciliar
crescimento econômico e integração
nacional com a justiça social e a conservação
e uso sustentável dos recursos naturais.
Para isso, é necessário que o asfaltamento
da rodovia esteja inserido em um plano mais amplo,
contemplando ações de ordenamento
do território, infra-estrutura, fomento a
atividades econômicas sustentáveis,
melhoria dos serviços públicos e outras
ações voltadas à inclusão
social e fortalecimento da cidadania.
Há cerca de 10 meses, o Grupo de Trabalho
Interministerial, formado originalmente por 15 ministérios,
trabalha na elaboração do Plano BR-163
Sustentável. Hoje, o GTI agrega 21 órgãos
entre ministérios, Casa Civil e secretarias
da Presidência da República com entidades
vinculadas. A primeira versão do plano teve
com base a análise das características
e tendências econômicas, sociais, ambientais,
políticas e institucionais da região,
além de propostas de diversos setores da
sociedade. Essa versão foi apresentada e
discutida na primeira rodada de consultas públicas
realizada em julho de 2004, nas audiências
públicas do EIA-RIMA relativos à pavimentação
da rodovia e em eventos promovidos por movimentos
sociais.
A versão do plano que está sendo apresentada
nessa 2ª rodada de consultas públicas,
incorpora ao documento inicial uma série
de avanço, como a formulação
de diretrizes estratégicas e ações
prioritárias para o desenvolvimento regional
sustentável na área de sua abrangência,
nos estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas.
Durante o mês de março, foram realizadas
reuniões técnicas com representantes
de governos locais e movimentos sociais em Manaus
(AM), Belém (PA), Cuiabá (MT) e Brasília
para divulgar e organizar as consultas públicas
que já foram reslizadas, este mês em
Apuí, Sorriso (MT) e Itaituba (PA).
Cuiabá-Santarém
A rodovia Cuiabá-Santarém
(BR-163) atravessa uma das regiões mais importantes
da Amazônia do ponto de vista do potencial
econômico e da diversidade biológica.
A região é formada pelos biomas da
Floresta Amazônica e do Cerrado e por áreas
de transição. Dessa riqueza natural
dependem aproximadamente dois milhões de
habitantes, envolvendo diversos grupos sociais e
econômicos. A Região Centro-Norte do
Mato Grosso abriga também um dos pólos
agrícolas mais produtivos do País,com
destaque para a produção de soja.
O estado precário das rodovias na região
tem sido um grave obstáculo para o desenvolvimento
e
melhoria da qualidade de vida de sua população.
Por essa razão, a pavimentação
da BR-163 tem
sido reclamada pelos segmentos sociais e empresariais.
Essa reivindicação de mais de três
décadas é agora uma das prioridades
do Governo Federal para a Amazônia. O asfaltamento
da BR-163 é uma obra estratégica para
o desenvolvimento regional e nacional.
O desenvolvimento do plano tem como objetivo reduzir
os impactos sociais e ambientais indesejáveis
que a pavimentação da rodovia podem
causar na região. Esses impactos se relacionam
a tendências de aumento de migrações
desordenadas, grilagem e ocupação
irregular de terras públicas, além
de concentração fundiária,
desmatamento e exploração não-sustentável
dos recursos naturais.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom