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IBAMA INICIA COMBATE AO
CONSUMO ILEGAL DE CARVÃO VEGETAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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15/04/2005 - A Diretoria
de Florestas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
juntamente com as gerências regionais em todo
o país, está iniciando um processo
inédito de combate ao consumo ilegal de carvão
vegetal. A operação terá início
pelas siderúrgicas dos estados de Minas Gerais,
Pará e Maranhão. A idéia do
Ibama é assinar termo de compromisso com
as indústrias para cobrar a reposição
florestal.
A diretoria está fazendo um levantamento
da situação e recebendo declarações
de consumo, de fornecedores e da origem do carvão
recebido pelas siderúrgicas. Após
esse trabalho, serão realizadas inspeções
de campo para checar as informações
recebidas. A ação do Ibama se justifica
porque anualmente um grande volume de carvão
de florestas nativas abastece o pólo siderúrgico
do país.
De acordo com o diretor de Florestas do Ibama, Antônio
Carlos Humell, há um esforço muito
grande do instituto para fazer com que a legislação
ambiental seja cumprida, que o carvão consumido
seja de áreas legalizadas e que seja feito
o reflorestamento para abastecer futuramente, de
forma sustentável, os auto-fornos das siderúrgicas.
Carlos Humell ressaltou que o governo já
vem desenvolvendo ações para coibir
o comércio ilegal. "Existe um esforço
do governo federal, no caso o Ibama, e de outros
órgãos estaduais, como o Instituto
Estadual de Florestas de Minas Gerais, no sentido
de coibir esse comércio ilegal, que ainda
é grande", afirmou.
Segundo o diretor, o esforço está
sendo feito com o propósito de responsabilizar
o consumidor final, no caso as siderúrgicas.
Humell acrescentou que a assinatura do termo de
ajustamento de conduta vai contribuir fortemente
para diminuir a ilegalidade e proteger o cerrado,
que hoje é um dos ecossistemas mais ameaçados
em função do aumento da fronteira
agropecuária e da produção
de carvão.
Conscientizar as pessoas da importância de
se obter o carvão vegetal de florestas plantadas
e não nativas, como acontece hoje, é
uma necessidade, disse Humell. Para ele, não
se pode continuar empurrando o cumprimento da legislação
ambiental com a barriga. "Não podemos
imaginar que a grande quantidade de ferro gusa que
é produzida hoje, seja à custa da
destruição do nosso cerrado".
Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Assessoria de imprensa (Valtemir Rodrigues)