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PARÁ PREPARA LISTA DE ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Abril de 2005

Uma lista preliminar de 675 espécies da fauna e flora candidatas a serem incluídas na lista oficial de espécies sob ameaça de extinção no Pará está disponível em site para sugestões e comentários

12/04/2005 Será lançado hoje o site oficial do Projeto Espécies Ameaçadas, que disponibiliza, para consulta ampla, um banco de dados com as espécies da fauna e flora candidatas a compor a lista das espécies ameaçadas de extinção do estado do Pará - http://www.sectam.pa.gov.br/especiesameacadas/. A iniciativa, pioneira na Amazônia, é uma parceria entre o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) e a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará (SECTAM).
Em andamento desde 2003, a formulação da lista com as plantas e os animais mais propensos à extinção e, por conseqüência, de maior interesse para a conservação, é coordenada por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi e tem a colaboração de especialistas da CI-Brasil, Ibama e Instituto Butantan (SP). Sua compilação utiliza os critérios e categorias de ameaça da IUCN (União Mundial para a Natureza), adotados internacionalmente.
A proposta inicial foi apresentada em 2004 à SECTAM, que encampou a idéia e se uniu ao MPEG e à CI-Brasil para transformar a intenção em instrumento de política pública para o gerenciamento ambiental do estado. “Quando se elabora uma lista de espécies ameaçadas, não se está dando prioridade à lista em si, mas aos ambientes e regiões em que estas espécies se encontram. Acompanham a lista informações em nível estadual sobre a distribuição, ameaças enfrentadas, abundância e preferências ecológicas de cada espécie. E é baseado nisto que será formulada a lista oficial de espécies sob ameaça de extinção do estado do Pará”, esclarece o coordenador do projeto, o pesquisador Alexandre Aleixo (Zoologia/MPEG).
Contribuição valiosa para o ZEE - Para José Maria Cardoso, vice-presidente de Ciências e diretor do programa da Amazônia da CI-Brasil, a lista surge em momento oportuno, uma vez que o estado do Pará está desenvolvendo o seu Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). Uma proposta do governo do estado que visa organizar o uso do território no Pará, o ZEE é um instrumento de gestão territorial que leva em consideração as vocações econômicas do estado, associadas à necessidade de preservação de seus ecossistemas. Daí a relevância das informações geradas pela lista oficial, pois, ao indicar quais são as espécies mais ameaçadas e os ecossistemas onde elas ocorrem, contribuem qualitativamente para o refinamento do ZEE. “O Zoneamento Ecológico Econômico define quatro zonas de gestão territorial no Pará: zona de consolidação, zona de expansão, zona de recuperação e zona de conservação. Assim, ao trazer a distribuição das espécies ameaçadas, a lista oficial nos permitirá determinar as chamadas áreas críticas para a biodiversidade, que são aquelas com alta concentração de espécies ameaçadas de extinção. E estas áreas devem ser incorporadas no plano de ZEE do estado, possivelmente como zonas de conservação”, explica José Maria.
Consulta ampla - O site do Projeto Espécies Ameaçadas funcionará como um agente facilitador da etapa de consulta ampla, cujo objetivo é estender o debate e compartilhar a lista preliminar com outros cientistas, tomadores de decisão, formadores de opinião, bem como o público em geral, para que possam apreciar os dados compilados e participar efetivamente do processo decisório. Todos os interessados na conservação ambiental do Pará terão dois meses para consultar o site, avaliar o resultado do trabalho, sugerir e participar da discussão e revisão. A lista final será consolidada no mês de junho de 2005, em um workshop que reunirá diversos especialistas em biodiversidade da Amazônia. O Pará será o sétimo estado brasileiro a ter sua lista, depois de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Paraná.
A importância da lista - As listas que indicam as espécies ameaçadas de extinção, também chamadas de listas vermelhas, são uma ferramenta legal essencial para a preservação das espécies. Elas constituem importante instrumento de política ambiental ao possibilitarem o estabelecimento de programas prioritários para a proteção da biodiversidade, fornecendo subsídios para a formulação de políticas de fiscalização, criação de unidades de conservação e definição sobre a aplicação de recursos técnicos, científicos, humanos e financeiros em estratégias de recuperação da fauna e flora ameaçadas. As listas também são um importante mecanismo de combate ao tráfico e ao comércio ilegais de espécies, conforme disposto nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), da qual o Brasil é signatário desde 1975.
O principal papel das listas vermelhas é informar e alertar aos tomadores de decisão, profissionais da área de meio ambiente, conservacionistas e a opinião pública sobre a crescente dilapidação do patrimônio genético. A Floresta Amazônica é o local com maior diversidade biológica do planeta e a natureza do estado do Pará se insere nesse contexto. Entre os fatores que ameaçam a diversidade de plantas e animais destacam-se o desmatamento e a conversão de florestas em pastagens e monoculturas mecanizadas, o que atinge drasticamente aquelas espécies que possuem distribuição reduzida e baixas densidades populacionais.
Lugar garantido – As espécies da lista estão divididas em nove grupos: anfíbios, aranhas, aves, flora, lagartos, mamíferos voadores, mamíferos não voadores, peixes e serpentes. Ao todo, 675 espécies compõem a listagem preliminar e a probabilidade é que a lista oficial seja menor. No caso da Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, por exemplo, havia 996 espécies candidatas e a Lista Oficial contém 633 espécies. Segundo os cientistas envolvidos no projeto, algumas espécies têm lugar quase garantido na lista permanente do Pará. Entre elas, a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), o macaco-prego (Cebus kaapori) e o mogno (Swietenia macrophylla).

Fonte: Conservation International (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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