Panorama
 
 
 

PESQUISADORES DEBATEM ARQUEOLOGIA E PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO NO SUDESTE DO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005

12/04/2005 Pesquisadores e técnicos do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, movimentam o município de Canaã dos Carajás (PA) e arredores com uma programação voltada para a arqueologia e educação patrimonial. O evento está acontecendo desde o último dia 8 e prossegue até domingo (17), na Casa de Cultura da cidade, situada no sudeste do estado. A Semana de Arqueologia e Educação Patrimonial, evento educativo e cultural, é composta por palestras, exposições, apresentação de vídeo e lançamentos de livros e revistas.
A exposição Memória Cultural apresenta marcas do passado em artefatos do presente. A mostra reúne fotografias, objetos de cerâmica, desenhos e pinturas, tudo confeccionado pelos participantes das oficinas de educação patrimonial. Tais oficinas são oferecidas pelo MPEG como parte do Projeto de Educação Patrimonial, por sua vez vinculado ao Programa de Arqueologia Preventiva, ambos patrocinados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
Durante a Semana haverá também o lançamento de duas publicações: o livro Educação Patrimonial na Área do Projeto Serra do Sossego – Canaã dos Carajás, de autoria de Janice Lima, coordenadora do projeto de educação, e que traz informações sobre os sítios arqueológicos, a história do município e os processos de educação patrimonial desenvolvidos nessa região; e da revista em quadrinhos Uma visita ao sítio arqueológico, que aborda de forma didática e lúdica conceitos relacionados à arqueologia.
No sábado foi lançado o caderno Povo Indígena da Aldeia Kanaí , escrito por Nilza Atikun, da aldeia Kanaí, localizada nos arredores de Canaã dos Carajás. Durante toda a programação foi exibido o vídeo documentário Arqueologia e Educação em Canaã dos Carajás, do cineasta Silvio Figueiredo e que também está sendo lançado no evento.

Arqueologia

As pesquisas arqueológicas em Canaã dos Carajás começaram em 2000, por meio de um convênio firmado entre o Museu Goeldi e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), para a realização de um levantamento sobre o potencial arqueológico da área do Projeto Sossego, empreendimento minerador voltado para a extração do minério de cobre e de ouro.
Os primeiros sítios arqueológicos foram encontrados já em 2001, quando se iniciaram as atividades de salvamento e o resgate de peças arqueológicas encontradas nesses locais. Segundo a chefe do setor de Arqueologia do Museu Goeldi, Edite Pereira, esses sítios são resquícios de antigas aldeias indígenas. “Já coletamos mais de 20 mil fragmentos de cerâmicas, além de lâminas de machados em pedra e vasilhames de cerâmica inteiros, da tradição ceramista Tupi-guarani”. Entre os objetos descobertos foram encontrados urnas funerárias com esqueletos humanos – o que é raro em função das condições ambientais da região.
Segundo a pesquisadora, a maioria dos sítios encontrados estava bastante destruída pela ação humana. “Apenas o sítio Domingos, localizado às margens do rio Paraoapebas, foi encontrado parcialmente intacto, e é deste local que estamos retirando a maior quantidade de peças inteiras”, revela.

Educação

Além de estudos de avaliação dos impactos sobre o patrimônio arqueológico da área do Projeto Sossego, o Museu Goeldi iniciou em 2002, também em parceria com a Companhia Vale do Rio Doce, um projeto de educação patrimonial voltado para a população local e que tem como temática principal o patrimônio arqueológico da região. Participam do projeto mais de duzentos moradores, entre adultos e crianças, do centro urbano de Canaã dos Carajás, da aldeia indígena de Kanaí e das vilas de Bom Jesus, Planalto, Ouro Verde e Mozartinópolis.
Janice Lima informou que o programa abrange vários conteúdos, como identidade e diversidade cultural, história da arte, fundamentos da arqueologia, processos de ocupação do espaço geográfico e histórico etc., que são tratados em oficinas de percepção cultural, desenho, pintura, cerâmica, educação musical, entre outras.
Além das oficinas, outras atividades integram o programa, como visitas aos sítios arqueológicos, museus e outros espaços culturais, encontros e palestras sobre educação patrimonial, exposições, feiras, produção de mídias pedagógicas e divulgação do projeto em simpósios e congressos.

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa/Museu Goeldi

 
 
 
 

 

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