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ZONA FRANCA VERDE SE APRESENTA
PARA O
BLEU-BLANC-ROUGE
Panorama
Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Abril de 2005
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De 19 de abril a
28 de agosto, a Amazônia leva uma mostra de
sua biodiversidade para Paris e uma comitiva de
especialistas para discutir desenvolvimento sustentável
15/04/2005 A Amazônia
inaugura em 19 de abril sua presença nas
comemorações do Ano do Brasil na França.
O Seminário Desenvolvimento Sustentável
no Amazonas: da Zona Franca de Manaus à Zona
Franca Verde abre a mega-exposição
da diversidade cultural e biológica de um
dos maiores patrimônios naturais brasileiros.
Em dois dias, o evento reúne mais de 40 debatedores
de vários setores - governo, pesquisadores,
organizações ambientalistas e empresas
- para tratar de temas que vão das áreas
protegidas do Estado, passando pelo Programa Jovem
Cientista Indígena, até o manejo florestal
e a bioindústria. O evento acontece no museu
de ciências de Paris, o Palais de la Découverte,
e continua, no dia 20, na Maison de l'Amerique Latine.
"Promover o uso sustentável de nossos
recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida
das populações tradicionais do estado
do Amazonas é um grande desafio, que requer
novas atitudes e forte participação
pública. Neste momento, precisamos gerar
um mercado saudável para nossos produtos.
O Programa Zona Franca Verde é a base de
nosso plano de desenvolvimento e para garantir seu
sucesso, precisamos abri-lo para o mundo",
declara Eduardo Braga, governador do Amazonas.
O Programa Zona Franca Verde foi lançado
em 2003 e tem obtido resultados importantes como
o aumento das áreas protegidas do Estado
em aproximadamente 100% e geração
de emprego e renda para as populações
dos municípios com baixo Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH). Produtores e extrativistas
recebem capacitação técnica
e incentivos às cadeias de produção
agrícola, florestal e pesqueira. O Programa
também apóia projetos na área
indígena.
O Amazonas é o estado brasileiro que detém
a maior área verde do Brasil e tem mantido
seu compromisso de aumentar e implementar novas
unidades de conservação, conciliando
a conservação da biodiversidade com
o desenvolvimento. No fim de 2004, o governo do
Estado criou mais de 2,5 milhões de hectares
em nove áreas protegidas no sul do Amazonas,
a parte mais castigada pelo desmatamento e a grilagem
de terra que se expande, de forma agressiva, a partir
do Mato Grosso.
O Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável do Estado do Amazonas, Virgílio
Viana e a chefe do Departamento de Programas Especiais
(DPE/SDS), Rita Mesquita, vão coordenar uma
mesa-redonda sobre "O Programa de Unidades
de Conservação do Estado do Amazonas".
Durante o Seminário, está prevista
a assinatura de um convênio com o Grupo de
Pesquisa e Estudos Tropicais (GRET), da França,
que já possui trabalhos com agricultura familiar
na Amazônia, especificamente no estado do
Pará. "Esse convênio tem o objetivo
de estimular o programa de manejo florestal de pequena
escala no Amazonas, que já é o maior
programa do gênero da Amazônia. Com
o manejo florestal, temos a melhor ferramenta para
combater o desmatamento", disse Viana.
Para a chefe do Departamento de Programas Especiais,
Rita Mesquita, a participação nesse
Seminário é importante para divulgar
o trabalho do Amazonas e os esforços do Governo
Brasileiro para a Conservação da Biodiversidade.
"Esperamos conseguir convencer o GRET a atuarem
também no estado do Amazonas", diz Mesquita.
O Estado do Amazonas cobre 1.577.820 km2 (39% da
Amazônia Brasileira) ou uma área equivalente
a quase três vezes o tamanho da França.
Quase 50% de sua área são oficialmente
protegidos por terras indígenas ou unidades
de conservação federais e estaduais.
"O Estado do Amazonas é um dos últimos
lugares no planeta que oferece a oportunidade de
demonstrar que conservação da biodiversidade
e desenvolvimento social e econômico podem
caminhar juntos. É um estado que combina
recursos naturais bem conservados, uma população
ativa e bem organizada e um governo comprometido
com a sustentabilidade", comenta José
Maria Cardoso, vice-presidente da organização
ambientalista Conservação Internacional
e um dos debatedores do evento.
A Exposição Amazônia-Brasil
acontece até 28 de agosto, em uma área
de 850 m2, no Palais de la Découverte (Av.
Franklin-D.-Roosevelt, Paris). Em uma dezena de
espaços diferentes, o visitante vai conhecer
o papel da Amazônia no Brasil e no mundo.
Uma maquete de 200 m2 representa os ambientes amazônicos;
uma casa de construção tradicional
mostra os objetos da vida cotidiana; jogos apresentam
a dinâmica do desmatamento; além de
ateliês de artesanato, pinturas corporais,
piscinas com essências de plantas e painéis
pedagógicos que mostram sensorialmente a
importância do patrimônio amazônico.
Além disso, a exposição apresenta
projetos bem sucedidos na área de desenvolvimento
sustentável no Amazonas, como: O Programa
de Desenvolvimento Sustentável do Gasoduto
Coari-Manaus, o Manejo Florestal Madeireiro, Não-madeireiro
e de Jacarés e o Programa Amazonas Indígena.
Fonte: Conservation International
(www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa