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GOVERNO ALEMÃO TEM
INTERESSE EM APOIAR NOVOS PROJETOS FLORESTAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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(20/04/05) - A chefe
da delegação alemã Ingrid-Gabriela
Hoven disse ontem ao presidente do Ibama, Marcus
Barros, que o governo alemão tem interesse
em continuar apoiando o Brasil no desenvolvimento
de projetos sustentáveis na área florestal.
Barros enfatizou que o governo brasileiro tem um
marco regulatório bem definido sobre “o que
pode e o que não pode” explorar dos recursos
naturais do país.
O presidente afirmou que a política ambiental
para a Amazônia tem dois braços: o
de combate ao desmatamento e o da sustentabilidade.
Ele contou que o governo aplicou mais de R$ 40 milhões
no combate ao desmatamento, no ano passado, e criou
novas unidades de conservação preservando
no total uma área de 9,5 milhões de
hectares. “Criamos uma Alemanha”, disse, comparando
os territórios.
Barros observou ainda que às vezes tentam
confundir o Brasil - na questão ambiental
- com a Bolívia e o Equador. “Nós
não somos iguais”, afirmou o presidente para
a delegação alemã, integrada
por representantes do Ministério de Desenvolvimento,
da agência de cooperação técnica
GTZ e do banco KFW. “Queremos ficar ricos com a
Amazônia, mas com a floresta em pé.”
O governo alemão financia vários projetos
no Brasil. Entre eles, o Projeto de Apoio ao Manejo
Florestal Sustentável na Amazônia,
o ProManejo. Alguns dos contratos estão próximos
do fim. A delegação alemã visitou
programas em execução no Acre e Amazonas
e a direção do Ibama para coletar
informações para a discussão
de novos programas.
Na reunião na Presidência do Ibama,
o diretor de Florestas, Antônio Hummel, apresentou
sugestões de novos projetos referentes ao
ordenamento florestal, produção de
madeira manejada em assentamentos e fortalecimento
de estados e municípios na gestão
de políticas florestais.
Hummel defendeu programas para estados com mais
problemas de exploração ilegal de
madeira: Pará, Mato Grosso e Rondônia.
Também pediu atenção especial
para comunidades do entorno de unidades de uso sustentável.
“Criamos ilhas de excelência e o entorno é
pobre”, justificou. Citou que os municípios
de Belterra e Aveiro têm 70% dos territórios
englobados pela Floresta Nacional do Tapajós.
Porém, tais cidades não são
tratadas como potenciais candidatos a apoio na gestão
ambiental.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom (Sandra Sato)