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MINISTRO DA JUSTIÇA
PEDE PERDÃO AOS POVOS INDÍGENAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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19/04/2005 - O ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
pediu perdão aos povos indígenas,
hoje, na cerimônia em comemoração
ao Dia do Índio, no Palácio do Planalto.
"No momento em que nos empenhamos nessa ambiciosa
tarefa de demarcar, homologar e pacificar as terras
indígenas, nós também estamos
pedindo perdão às nações
indígenas brasileiras vítimas da violência,
do esmagamento, da força bruta que contra
elas se levantou", afirmou o ministro.
Segundo Bastos, assim como o presidente Lula pediu
perdão a todos os negros que sofreram com
o regime escravocrata do Brasil colonial, durante
viagem oficial a países africanos, as ações
do governo destinadas aos povos indígenas
cumprem um dever de resgate e de gratidão.
Thomaz Bastos disse que o governo tem atuado para
resolver e pacificar todas as questões controvertidas
que existem em cada estado, principalmente, em relação
à demarcação de terras. "Sabemos
da importância simbólica e verdadeira
da questão da terra para o índio,
que deve ser medida pelos critérios da própria
cultura indígena", afirmou. "A
relação do índio com a terra
é uma relação diferente, mais
íntima, ampla, mística. Os índios
têm nas grandes extensões de terra
a sua possibilidade de sobrevivência e de
manutenção da sua cultura".
O ministro defendeu a inserção da
política indígena no mundo contemporâneo.
"Não pensamos em fazer da política
indígena um tradicionalismo infantil e enterrado.
Sabemos que vivemos no Século 21 e que os
índios têm que, a partir da sua cultura,
das suas raízes, das suas angústias,
das suas intuições e das suas tradições,
estabelecer um diálogo com o mundo moderno",
disse. .
O presidente da Fundação Nacional
do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes,
destacou a importância da política
de demarcação de terras. "Há
muito sofrimento ainda nas terras indígenas,
que são pequenas, porque foram garantidas
numa época em que os índios eram poucos",
afirmou Mércio Gomes. "Há uns
anos, ninguém acreditava que os povos indígenas
fossem sobreviver, todos eram unânimes em
achar que os índios iam sumir, iam ser extintos,
iam desaparecer", finalizou.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Cecília Jorge