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SEMINÁRIO DEBATE
PROPOSTA PARA AUTORIZAR USO DE APPs
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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19/04/2005 A Câmara
Técnica de Assuntos Jurídicos do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama) realizou nesta
segunda-feira (18), em Brasília, um seminário
com juristas, advogados e representantes do Ministério
Público para discutir uma proposta de resolução
que possibilitaria a retirada de vegetação
e outras ações em áreas de
preservação permanente, como topos
de morros, margens de rios e entorno de nascentes.
O seminário teve a participação
do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar
Mendes, do procurador do Estado de São Paulo,
Pedro Escorel, e do representante do Instituto Brasileiro
de Mineração, Ricardo Carneiro.
As áreas de preservação permanente
(APPs) são consideradas bens de interesse
comum da coletividade. São espaços
especialmente protegidos, cobertos ou não
por vegetação, e têm como função
ambiental preservar os recursos hídricos,
a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade,
o fluxo gênico de fauna e flora, além
de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas.
Segundo o diretor do Conama, Nilo Diniz, o encontro
serviu para que fosse examinada a constitucionalidade
do texto elaborado e aprovado, no fim do ano passado,
pela Câmara de Gestão Territorial e
Biomas do Conselho. "As discussões forneceram
subisídios aos representantes da Câmara
de Assuntos Jurídicos que votarão
a proposta nos dias 2 e 3 de maio", disse.
Se aprovado, ao texto será submetido ao plenário
do Conama, nos dias 18 e 19 de maio, em Campos do
Jordão (SP).
A proposta para definir o conceito de atividades
públicas e de interesse social, que poderiam
levar à alterações nas áreas
de preservação permanente, é
debatida no Conama desde 2001 e visa à regulamentação
da MP 2166/67, que alterou o Código Florestal
Brasileiro. O texto aprovado na Câmara de
Gestão Territorial e ainda em estudo pela
Câmara de Assuntos Jurídicos, considera
de utilidade pública e de interesse social,
entre outras coisas, obras de infra-estrutura destinadas
a serviços públicos de transporte,
saneamento e energia, pesquisa e extração
de minerais, implantação de área
verde pública em zona urbanas, e atividades
de manejo agroflorestal sustentável. Se aprovada
na plenária do Conama, a proposta permitirá
a supressão de vegetação e
a intervenção em áreas de preservação
permanente para esses tipos de atividades, desde
que aprovadas e licenciadas pelo órgão
ambiental competente.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom